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A maioria dos investidores começa a investir pela renda fixa. Além da própria poupança, ativos como os títulos públicos no Tesouro Direto ou CDBs, Certificados de Depósito Bancário, atraem investidores de primeira viagem pela maior previsibilidade de tempo e retorno que oferecem. Em busca de diversificação e mais rentabilidade, muitos acabam tentados a investir em renda variável.
E quando falamos de renda variável, as ações são o investimento mais conhecido dessa modalidade. Ainda assim, os papéis das companhias listadas nas bolsas de valores ainda levantam muitas dúvidas em investidores de primeira viagem. Para evitar cometer erros básicos, reunimos dicas do educador financeiro do C6 Bank, Liao Yu Chieh, sobre o que é necessário saber antes de investir em ações.
Renda variável
Pela própria natureza dos ativos de renda variável, ações são investimentos que variam de preço livremente. E essas oscilações podem ser grandes e rápidas. Ao investir, é normal que pensemos nos papéis se valorizando com o tempo, mas o investidor precisa saber que as ações podem se desvalorizar muito em um único dia. E se isso acontecer, ele estará preparado? Vai perder o sono por causa disso? Se a resposta for sim, pode ser que não tenha perfil para investir em renda variável.
Alta liquidez
O mercado brasileiro ainda é pequeno quando comparado ao americano, mas os papéis das maiores empresas brasileiras têm alta liquidez, ou seja, comprar ou vender uma ação é um processo praticamente instantâneo. O que não significa que o investidor deva contar com isso. Apesar de poder comprar e vender ações em poucos segundos, quanto mais tempo um investidor estiver com o papel de uma empresa, maiores são as chances de valorização.
Diversificação
Um ditado bastante popular no mundo dos investimentos é o de nunca colocar todos os ovos na mesma cesta. Diversificando suas escolhas, você se permite compensar um ou outro erro com seus acertos. Para fazer isso com mais facilidade, é possível investir em fundos de índices, como o Ibovespa, que reúnem uma cesta com as empresas brasileiras mais negociadas em um único ativo, ou em fundos de ações que reúnem vários papéis.
Estratégias
A maior parte dos investidores de primeira viagem compra ações porque acredita que elas irão se valorizar com o tempo. No entanto, também é possível investir em ações pensando em dividendos, que são os lucros que as empresas distribuem aos seus acionistas. Com isso em mente, é possível procurar companhias que, tradicionalmente, remuneram bem seus investidores e montar uma carteira equilibrada entre ações com potencial de valorização e papéis que pagam bons dividendos.
Tipos de ação
Existem vários tipos de ações, mas, do ponto de vista operacional, muda pouco para o investidor. As ações ordinárias, normalmente terminadas em 3 na bolsa brasileira, como PETR3, são mais comuns e dão direito a voto em assembleias, por exemplo. Já as ações preferenciais, normalmente terminadas em 4, como PETR4, têm prioridade na hora de receber os dividendos das companhias. Uma mesma empresa, portanto, pode ter mais de um tipo de ação listada na bolsa e, apesar de normalmente caminharem próximas, são consideradas ativos distintos. Vale a pena pesquisar para saber o que está comprando.
Taxas e impostos
O investidor também deve ficar atento a taxas e impostos que deverão ser pagos ao investir em ações porque ambos podem afetar a rentabilidade dos investimentos. A depender do banco ou corretora escolhidos para operar na bolsa, as taxas de custódia e de corretagem podem até ser zeradas, já o emolumento é cobrado pela própria bolsa e, portanto, mais comumente repassado aos investidores. Além disso, o investidor terá que pagar ISS sobre a taxa de corretagem (caso exista) e Imposto de Renda de 15% sobre o lucro líquido obtido, caso venda mais de R$ 20 mil em ações no mesmo mês.
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