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A Via odeia seus acionistas? Varejista lança follow-on com diluição de quase 50%

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A Via, conglomerado que controla as Casas Bahia e o Ponto, desencadeou uma onda de inquietação entre seus acionistas ao anunciar um follow-on no valor de R$ 1 bilhão. Embora a iniciativa tenha como objetivo fortalecer o caixa da empresa em um momento crítico, os investidores que optarem por não aderir à oferta enfrentarão uma diluição considerável. Com a emissão prevista de aproximadamente 750 milhões de novas ações, a diluição pode chegar a assombrosos 47%, desencadeando especulações sobre a atitude da empresa em relação aos seus acionistas.

A avaliação atual da Via no mercado é de R$ 2,05 bilhões na B3. Para conduzir a oferta, a empresa uniu forças com renomadas instituições financeiras, incluindo Bradesco BBI, BTG Pactual, UBS BB, Itaú BBA e Santander Brasil. No entanto, a atitude da Via gerou controvérsias, especialmente entre os três principais acionistas – Michael Klein e os fundos Goldentree e Twinsf – que, juntos, detêm 17,8% do capital da empresa. Apesar deles terem manifestado intenção de participar do aumento de capital, a manobra levantou questionamentos sobre a consideração da empresa para com seus investidores.

A possibilidade da oferta já estava sendo discutida nos círculos financeiros desde que a Via convocou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para deliberar sobre a ampliação do limite de capital autorizado. A estratégia, porém, foi recebida com surpresa e descontentamento por parte de alguns investidores, que veem a diluição iminente como uma jogada arriscada por parte da administração.

Os recursos gerados pelo follow-on serão canalizados para aprimorar a estrutura de capital da Via, com foco na ampliação do capital de giro e em investimentos nas cotas subordinadas de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) projetado pela empresa. Essa abordagem inovadora tem como alvo a reformulação do financiamento do crediário, que atualmente é sustentado por bancos, envolvendo antecipações de fluxo de caixa e juros.

O CDC (Crédito Direto ao Consumidor) constitui quase metade da dívida total da Via, com cerca de R$ 5 bilhões. A transferência dessa modalidade de crédito para um FIDC busca liberar espaço para financiamento bancário adicional, além de oferecer taxas e condições mais favoráveis tanto para a empresa quanto para os consumidores. Essa mudança também visa reduzir a dependência da Via em relação aos bancos para financiar suas operações de crédito.

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O cenário financeiro atual da Via demonstra desafios significativos, evidenciados por despesas financeiras consideráveis. Durante um período de 12 meses, as despesas financeiras totais, incluindo dívida, custos relacionados ao CDC e descontos de recebíveis, alcançaram a marca de R$ 2,8 bilhões, em contraste com um EBITDA ajustado de R$ 2,2 bilhões, como destacou o analista João Pedro Soares.

O analista ressaltou a necessidade de reestruturar o balanço da empresa para abordar esse desequilíbrio. No final do segundo trimestre, a Via acumulava R$ 3,6 bilhões em dívidas financeiras, R$ 1,5 bilhão em financiamento de fornecedores, R$ 5 bilhões em CDC e R$ 2,1 bilhões em passivos trabalhistas. O custo médio da dívida estava em CDI + 2,6%, o que justifica a urgência de ajustes para aliviar a pressão financeira.

A iniciativa da Via em buscar recursos e reformular sua abordagem de financiamento é uma prova da determinação da empresa em enfrentar seus desafios de frente. No entanto, a diluição iminente e as preocupações dos acionistas destacam a complexidade desse processo de reviravolta, que exige um equilíbrio sensível entre a busca por estabilidade financeira e a consideração pelas partes interessadas.

VIIA3 X MGLU3

No mundo complexo e dinâmico das finanças, ações shorteadas são um tópico que atrai a atenção de investidores e observadores do mercado. Recentemente, tem-se observado um fenômeno interessante: Magazine Luiza e Via, duas das empresas mais reconhecidas no Brasil, estão liderando a lista de ações mais shorteadas. Neste artigo, vamos explorar em detalhes as razões por trás desse cenário e analisar por que essas empresas estão no centro das atenções dos investidores.

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As Piores da Bolsa? Magazine Luiza e Via Lideram Lista de Ações Mais Shorteadas

O fenômeno de ações shorteadas ocorre quando investidores apostam na queda do preço de uma ação. Nesse cenário, Magazine Luiza e Via têm se destacado, suscitando a pergunta: “As piores da bolsa?” No entanto, é importante entender que as ações shorteadas não são necessariamente indicativas de fracasso. Elas muitas vezes refletem movimentos de mercado complexos e informações específicas que os investidores consideram.

Entre as ações mais Shorteadas se destacam as ações da Magazine Luiza e Via:

AÇÃODATADOADOR(MÁX.)DOADOR(MÉDIA)DOADOR(MIN.)TOMADOR(MÁX.)TOMADOR(MÉDIA)TOMADOR(MIN.)NºCONTRATOSNº AÇÕESVOLUMENº AÇÕES EM ABERTOVOLUME EM ABERTOPRECO MÉDIO EM ABERTO
MGLU322/08/2023100,00%25,40%0,01%100,00%25,40%0,01%3.86756.791.483172.6M389.250.9781.2BR$ 2,97
VIIA322/08/2023120,00%62,37%40,00%120,00%62,37%40,00%70227.826.67346.5M336.515.254600.9MR$ 1,79

Se o mercado espera o pior, as ações estão entre as piores expectativas dos investidores. Confira abaixo os principais dados de aluguel do ativo:

Entre as “perdedoras da bolsa”, Magalu lidera a lista, com os maiores índices de aluguel de ação em comparação com suas ações em vigor na bolsa de valores.

Tendências de Mercado: Por que Shortear?

As tendências de mercado podem influenciar fortemente as decisões dos investidores em relação às ações shorteadas. Em muitos casos, essas ações são selecionadas com base em análises fundamentais e técnicas que sugerem possíveis quedas de preço. Quando se trata de empresas como Magazine Luiza e Via, os investidores podem estar reagindo a informações recentes que afetam o desempenho das ações.

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O Desafio do E-commerce: Magazine Luiza na Mira

O setor de comércio eletrônico tem sido altamente competitivo e suscita interesse tanto de investidores quanto de empresas. A Magazine Luiza, uma gigante do e-commerce no Brasil, tem liderado a lista de ações mais shorteadas. Isso pode ser atribuído a desafios específicos que a empresa enfrenta, bem como às expectativas do mercado em relação ao seu desempenho futuro.

Via: Entre Expectativas e Resultados

A Via, anteriormente conhecida como Via Varejo, é outra empresa que atraiu a atenção dos investidores shorteados. A história da Via tem sido marcada por reviravoltas e mudanças estratégicas, o que cria um ambiente propício para a volatilidade das ações. Investidores podem estar especulando sobre se a empresa será capaz de atender às expectativas do mercado em evolução.

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Os juros em cena

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central é responsável por determinar a taxa de juros básica, conhecida como Selic. O objetivo principal é controlar a inflação e manter a estabilidade econômica. Nos últimos tempos, temos observado um ciclo de aumento da Selic, com a intenção de conter pressões inflacionárias e garantir a solidez da economia. Esse aumento gradual afeta diversos aspectos da economia, incluindo o setor de varejo.

Impacto nas Ações do Setor de Varejo

O setor de varejo é particularmente sensível a mudanças nas taxas de juros. O aumento da Selic pode ter uma série de efeitos que influenciam o desempenho das empresas varejistas e, consequentemente, suas ações. Alguns desses impactos incluem:

1. Custos de Financiamento

Com o aumento da taxa de juros, os custos de financiamento das empresas também aumentam. Isso pode impactar negativamente as margens de lucro das empresas do setor de varejo, uma vez que empréstimos e créditos ficam mais caros. Empresas que dependem de crédito para operações e investimentos podem enfrentar desafios financeiros.

2. Consumo e Demanda

O consumo é um dos principais impulsionadores do setor de varejo. O aumento da Selic pode reduzir o poder de compra dos consumidores, uma vez que os juros mais altos tornam o crédito mais caro. Isso pode levar a uma diminuição na demanda por produtos e serviços, afetando as vendas das empresas varejistas.

3. Investimentos e Expansão

Empresas do setor de varejo frequentemente buscam expandir suas operações e abrir novas lojas. Com o aumento da Selic, os investimentos podem se tornar menos atraentes, levando as empresas a adiar ou reduzir seus planos de expansão. Isso pode impactar o crescimento futuro das empresas e, consequentemente, seu valor de mercado.

4. Valorização das Ações

O cenário de aumento da taxa de juros pode levar a uma maior aversão ao risco por parte dos investidores. Isso pode resultar em uma queda no preço das ações das empresas do setor de varejo, uma vez que os investidores buscam ativos considerados mais seguros em tempos de taxas de juros elevadas.

Lições dos Investidores: Análise Técnica e Fundamental

Esses movimentos de ações shorteadas oferecem lições valiosas para investidores e analistas. A análise técnica e fundamental desempenha um papel crucial na identificação de empresas que podem ser alvo de ações shorteadas. Compreender os fundamentos financeiros das empresas, bem como as tendências de preços e volume, é essencial para tomar decisões informadas no mercado de ações.


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