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Acabou a esperança? Com queda do Varejo, ações da Magalu e Via seguem derretendo na bolsa

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A esperança de quem apostou nas ações da Magazine Luiza e Via (Ex-Via varejo) está acabando. Os papéis das companhias seguem acumulando quedas no mercado, e a culpa parece ser do movimento do varejo.

Apesar da recuperação vista nas vendas do varejo, o time de análise do Inter reforça o tom de cautela para o setor, tendo em vista o cenário macroeconômico mais desafiador (inflação e juros elevados), que, aliado ao período das eleições, deve trazer “volatilidade além do habitual”.

Em abril, as vendas varejistas deram continuidade à trajetória de recuperação, chegando a avançar 0,9% na comparação com março, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a abril do ano passado, a alta foi de 4,5%.

O Inter destaca que, apesar do crescimento nominal do faturamento, as vendas em abril continuaram inferiores ao período pré-pandemia quando descontada a inflação.

Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE, diz que o crescimento é “consistente, porém desigual”. Ele também lembra que o impulso do setor vem em grande parte pelos estímulos do governo na economia, como o Auxílio Brasil e o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Diante do curto prazo fraco e volátil, o Inter tem preferência por nomes do consumo não discricionário, como empresas do varejo alimentar. Dentro do consumo discricionário, a escolha recai sobre ativos que atendem o público de alta renda, como empresas de moda voltadas às classes A e B e shoppings com portfólios premium.

Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) caem mais 30% só neste mês, acumulando uma baixa superior a 80% nos últimos 12 meses.

Penalizadas pela mudança do humor do mercado desde junho de 2021, as ações seguem neste mês em forte baixa por conta da deterioração da economia, aumento do custo de capital, avanço da competição e “mudança de foco do mercado”, segundo a XP Investimentos.

A corretora destaca que a inflação tem se mostrado mais persistente do que projetado pelo mercado em um primeiro momento, com a guerra entre Rússia e Ucrânia e a continuidade de lockdowns na China contribuindo para a manutenção dos preços em patamares elevados.

“Temos visto uma forte redução do poder de compra do brasileiro, o que, aliado a um cenário de forte alta de juros, se traduz em uma demanda altamente fragilizada para bens de consumo, especialmente os discricionários e de preço médio mais alto”.

A XP lembra que bens duráveis acabam sendo fortemente penalizados. A categoria é “uma das mais relevantes para todos os players de e-commerce, principalmente Magazine Luiza e Via”, diz trecho do relatório assinado por Danniela Eiger e equipe.

A XP diz ver uma mudança no foco dos investidores, que agora priorizam lucratividade e geração de caixa a crescimento – o que impacta na avaliação sobre MGLU3 e VIIA3.

“Ainda não recomendamos a compra dos papéis de e-commerce por esperarmos uma dinâmica macro bastante desafiadora pela frente, tanto do ponto de vista de inflação como de taxa de juros”, diz.

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