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Ações Azul (AZUL4): é hora de decolar? Veja análise

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A companhia, Azul Linhas Aéreas (AZUL4), passou por momentos complicados nos últimos meses, justamente por estar inserida em um dos setores que mais foram impactados pelos efeitos pandêmicos. A Azul viu suas ações caírem bruscamente e sentiu efeitos das restrições.

Mas o que esperar desta empresa agora? Está na hora de embarcar nas ações da Azul, ou melhor esperar o próximo voo? Confira!

Sobre a companhia

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras S.A. foi fundada no ano de 2008, por David Neeleman. E em 12 anos de jornada, alcançou o título de terceira maior companhia aérea do Brasil em número de passageiros, segunda maior em frota de aeronaves, e a maior em número de destinos oferecidos. Ao todo, opera em 98 aeroportos brasileiros e, desde 2014, passou a operar em 8 internacionais. Ou seja, no Brasil, desde 2012 – quando houve a fusão com a Trip, a área lidera em número de cidade atendidas, sendo que 70% de suas rotas são a única opção de determinados lugares, o que amplia sua malha.

A companhia atende ao perfil low-cost, com um modelo mais enxuto do que as concorrentes brasileiras. Neste sentido, a Azul tende a buscar a redução de custos e otimização da utilização da capacidade de suas aeronaves em voos, o que, teoricamente, deve possibilitar menores gastos operacionais e maiores margens de ganhos.

Certamente, como uma grande empresa atuante no setor de turismo, a empresa sofreu fortes impactos e vem colhendo ainda os frutos. Entretanto, consegue ver surgir seu ciclo de retomada. Inclusive, as ações da Azul apresentam alta no último mês, mas ainda não retomou os patamares de fevereiro, quando estava cotada a R$58.

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Fonte: Google

Resultados da Azul no terceiro trimestre de 2020

Primeiramente, a companhia registrou Prejuízo líquido, entre os meses de julho e setembro, de  R$1.226,3 milhões. Ou seja, ante os R$ 550,5 reportados no 3T19, houve avanço negativo de 122,7%.

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Por sua vez, a Margem líquida foi negativa, e resultou em -152,3%. Neste sentido, caiu 134,1% na relação ano a ano, frente aos -18,2% do mesmo período de 2019.

Além disso, a Azul registrou uma receita líquida de R$805,3 milhões no resultado 3T20. Dessa forma, registrou um aumento de 100,5% quando comparado à receita líquida de R$401,6 milhões do trimestre anterior. 

Entretanto, em relação ao mesmo período de 2019, a receita apresentou queda de 73,4%. De acordo com o relatório, a queda se deu pelo impacto da pandemia na demanda de passageiros. Neste sentido, o RASK reduziu 20,3% durante o terceiro trimestre.

Em suma, o EBITDA da Azul somou o montante de R$ 198,3 milhões no resultado 3T20. Em relação aos R$ 920,0 milhões anunciados no terceiro trimestre de 2019, o resultado despencou em 78,4%.

Já a Margem EBITDA ficou em 24,6% no sinal de setembro. Sendo assim, registrou queda de 5,7% na comparação com os 30,4% do 3T19.

Endividamento e disponibilidade

A aérea encerrou o período com uma liquidez imediata no total de R$2,3 bilhões. Ou seja, este montante representa 31,7% da receita da companhia dos últimos doze meses.

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A dívida bruta total reduziu 4,8% para R$18,0 bilhões desde 30 de junho de 2020, 

Em suma, a dívida bruta total da Azul foi reduzida em 4,8% no 3T20, e teve como resultado o total de R$18,0 bilhões.

Resultados históricos na comparação 2015 – 2019

A receita líquida quase dobrou desde 2015. Enquanto isso, o lucro bruto caminhou lateralmente, com pouco avanço desde 2015.

As despesas operacionais dispararam, o que resultado em uma margem ebitda negativa pela base comparativa, assim como o resultado financeiro e o lucro líquido.

Entretanto, estes resultados precisam ser avaliados com cautela, já que a companhia promoveu uma mudança contábil nos últimos tempos, bem com a variação cambial afeta fortemente a aérea, o que pode induzir a erros de compreensão.

Inclusive, o fluxo de caixa da companhia demonstra essa forte variação. Desde, houve relevante crescimento, saindo de R$397 milhões negativos em 2015, para R$2.594,6 milhões positivos em 2019.

Os número que podem impactar, distorcendo os resultados, são os de investimentos que a companhia tem feito em novas aeronaves mais modernas. Deve ser investido R$1 bilhão até 2024.

Relatos recentes do CFO, Alex Malfitani e perspectivas futuras

De acordo com Alex Malfitani, CFO e co-fundador da Azul, a retomada está vindo muito mais forte do que o previsto, e como a companhia já havia reduzido a capacidade para ajustar a demanda, reduziu os custos fixos, eliminou a pressão de caixa no curto prazo adiando pagamentos nos próximos anos e aumentou a liquidez. Enfim, aparentemente, basta aguardar a retomada chegar de vez.

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Inclusive, se antes do 3T20, a previsão era de estar operando 40% da capacidade em dezembro, com as novas previsões de retomada, aguardam um número de 80% da capacidade em operação.

Segundo Alex Malfitani, a empresa está preparada para uma possível segunda onda da pandemia, e não mediu esforços para manter sua postura e planos de reestruturação neste período, o que pode facilitar novas negociações com bancos e instituições parceiras.

“Se a gente precisar de capital para garantir a sobrevivência da empresa, o BNDES vai estar lá”.

Alex Malfitani, CFO Azul

Entretanto, o Alex frisou que não precisa do BNDES para levantar fundos para arcar com suas obrigações, pois a Azul o fez no início da pandemia através de suas parceiras.

“Como eu já vendi quase todas as passagens que eu tenho para vender no final do ano, este caixa eu já tenho, a dúvida é mais como vai ser a retomada pós réveillon ou no início do ano que vem”.

Por fim, é possível observar que a Azul busca formas de se restabelecer, bem como a retomada desse setor vem lhe rendendo progressos e suas ações já sentem a recuperação. Mas vale ficar atento, uma vez que sua análise pode incorrer em má interpretação, como visto anteriormente.

Mais uma vez, lembramos que este é um artigo informativo, e não figura recomendações.

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