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Ontem a varejista Carrefour (CRFB3) informou que irá compra o Grupo Big por R$ 7,5 bilhões. Desse valor, 70% será pago em dinheiro e 30% em ações.
Dessa forma, a aquisição é importantíssima para o companhia, pois permitirá a expansão em regiões com penetração limitada. Isto é, as regiões Nordeste e Sul do Brasil. Portanto, como o Carrefour possui bastante força no Sudeste, a aquisição se mostra uma grande complementaridade geográfica.
De acordo com o Inter Research, a aquisição permitirá ao Carrefour expandir seus formatos tradicionais – atacado e hipermercados. Além disso, permitirá reforçar a presença em formatos em que possui pouca presença, como supermercados e soft discount.
“[…] o Grupo Carrefour Brasil atuará em um novo segmento de mercado com o formato Sam’s Club, através de um contrato de licenciamento com o Walmart Inc.”
afirmou o analista do Inter, Breno Francis de Paula.
Assim sendo, o negócio fortalece o ecossistema da companhia, agregando sinergia do alinhamento de margens e ganhos do Banco Carrefour. De acordo com o Inter Research, a companhia pagou um ótimo preço na aquisição – 1,07x EV – e assim terá mais presença nacional. Entretanto, destacou as ineficiências em ESG que a companhia demonstrou num passado recente.
Desse modo, a research pôs preço-alvo em R$ 23 nas ações do Carrefour, gerando um potencial upside de 5% com base no preço de fechamento desta quarta-feira, 24. A recomendação é “neutra”.
O desempenho do Carrefour
Durante o quarto trimestre de 2020, o Carrefour (CRFB3) somou R$ 19,8 bilhões em receita líquida. Desse valor, 71,8% se originou na divisão Atacadão e 28,2% na divisão Carrefour Varejo. Além disso, vale destacar o crescimento de 142% nas vendas digitais da divisão Atacadão.
Com isso, houve um crescimento de 25,7% no EBITDA ajustado da companhia, somando R$ 1 bilhão. Portanto, ficando com uma margem EBITDA de 8,7% (-0,4 p.p.). Por fim, o lucro líquido ficou em R$ 935 milhões, crescendo 36,5% com margem líquida de 5%.
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