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O preço do IPO da Cruzeiro do Sul foi precificado ontem a R$ 14 por papel, conforme publicado nesta terça-feira na CVM. Dessa forma, o preço ficou abaixo da faixa indicativa que variava entre R$ 16,40 a R$ 19,60.
Assim sendo, o IPO da Cruzeiro do Sul movimentou R$ 1,23 bilhões. Desse valor, R$ 1,07 bilhão será para o caixa da empresa, ou seja, fez parte da oferta primária da companhia. Já os outros R$ 160 milhões – oferta secundária – irão para os sócios que venderam suas ações, como fundos geridos pela BRL Trust e Magnetis.
Além disso, vale destacar que as ações da Cruzeiro do Sul estreiam hoje na B3 sob o ticker CSED3.
De acordo com a companhia, cerca de 90% dos recursos provenientes do IPO serão para operações de M&A. Ou outros 10% serão para expansão e investimentos greenfield. Hoje, a Cruzeiro do Sul ocupa a quarta posição entre os maiores grupos educacionais do Brasil, com mas de 50 anos de experiência. Desse modo, soma uma média anual de 330 mil alunos em 25 campi, além de 1.314 polos de EAD.
Fundada em 1965, a Cruzeiro do Sul é dona das marcas Unicid, UDF, Módulo, Universidade Positivo e Braz Cubas.
Os números da Cruzeiro do Sul
De 2011 até setembro de 2020, o número de alunos da companhia cresceu 9.8x. Assim sendo, saindo de 35 mil alunos para 341 mil alunos.
Além disso, vale dizer que a modalidade de ensino à distância ultrapassou a presencial em 2018 (em termos de alunos). Contudo, a presencial ainda responde pela maior parte da receita da Cruzeiro do Sul. De acordo com ela, a Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) e a Universidade de Franca (UNIFRAN) são as que mais contribuem com a receita.
Entre janeiro e setembro de 2020. a receita líquida da Cruzeiro do Sul somou R$ 1,3 bilhão. Seu EBITDA foi de R$ 222 milhões (com a menor margem dos últimos 3 anos, de 16,7%). Entretanto, registrou um prejuízo liquido de R$ 78 milhões nesse período, pondo fim ao constante crescimento dos últimos anos. Portanto, vale lembrar que o setor de educação foi um dos que mais sofreram com a pandemia.
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