- A Saraiva recebeu uma notificação da B3, em relação à cotação da empresa;
- Devido ao processo de recuperação judicial, a companhia precisa manter sua cotação acima de R$ 1;
- Assim, a B3 exige medidas para a cotação volte a esta faixa, sobre a ameaça de suspensão das ações da Saraiva na Bolsa.
A companhia Saraiva (SLED3) foi cobrada pela B3 nesta quarta-feira. A Superintendência de Listagem e Supervisão de Emissores da B3, exigiu explicações sobre a cotação da empresa e até mesmo ameaça de suspensão das ações da Saraiva da Bolsa de Valores! Confira agora mais detalhes!
O fim das ações da Saraiva? Entenda
A principal reguladora do mercado, a B3, está sujando as mangas para colocar as ações da Saraiva na linha. Afinal, a instituição questiona o valor das ações da empresa, que está sendo cotada a menos de R$ 1:

As ações da empresa estão em queda livre a mais de um ano, e parece a cada dia mais distante de romper a barreira do real novamente. O grande X da questão, no entanto, é que os regulamentos exigem que a empresa mantenha a sua cotação nesta faixa mínima:
“Nos termos do item 5.2.f do Regulamento para Listagem de Emissores e Admissão à Negociação de Valores Mobiliários (Regulamento) e itens 5.1.2 (vi) e 5.2 do Manual do Emissor, a cotação de suas ações admitidas à negociação na B3 deve ser mantida em valor igual ou superior a R$ 1,00 por unidade.”
B3, em comunicado
Desse modo, a B3 ameaça suspender a negociação dos papéis da Saraiva, caso a empresa não anuncie medidas para retomar o valor de suas ações até o dia 21/03/22, ou após a realização da próxima assembleia-geral da empresa, o que vier primeiro.
Assim, a Saraiva responde à companhia, e alega que tomará as medidas exigidas.
Saraiva pode ter falência decretada
A Saraiva (SLED3) corre o risco de ter sua falência decretada após lidar com mais uma pressão em seu plano de recuperação judicial. Acontece que a companhia desistiu de vender seus ativos para pagar credores, visto que não encontrou compradores. Isto vale tanto para seu domínio na internet, quanto para o restante das lojas físicas. Dessa forma, a nova proposta é que os credores recebam seus créditos em ações da companhia. Contudo, tais ações possuem baixíssima liquidez na bolsa.
Isto é, a companhia tentou vender seu domínio na internet por meses pelo valor de R$ 90 milhões, e as lojas por R$ 113,5 milhões. Assim sendo, vale destacar que a dívida da Saraiva é de R$ 675 milhões (sem incluir débitos pós pedido de recuperação judicial).
Além disso, um credor conseguiu que a Saraiva mudasse seu plano de recuperação judicial. Em meio do ano passado, a Infosys recorreu à Justiça pela mudança. Na semana passada, a 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu a favor da Infosys. Dessa forma, agora a companhia tem 30 dias, sob pena de decretação de falência, para apresentar uma nova proposta.
De acordo com dados do segundo trimestre de 2021, a Saraiva (SLED3) teve uma receita líquida (lojas + ecommerce) de R$ 19,7 milhões. Portanto, houve uma queda de 28,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, em relação ao EBITDA ajustado, a companhia reportou o valor de R$ 19 milhões negativos. Desse modo, houve uma melhora em relação ao R$ 30 milhões negativos do segundo trimestre de 2002. E, por fim, a companhia teve um prejuízo líquido ajustado de R$ 24,8 milhões. Uma melhora de 63% ante o prejuízo de R$ 67 milhões de igual período do ano passado.
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