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As ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) estão entre as maiores altas do mercado brasileiro nesta terça. Os papéis do grupo de varejo acumulam alta de 4,51% no fim da manhã, e chamam a atenção do mercado.
O motivo não é surpresa: o Itaú BBA retomou a cobertura de Pão de Açúcar com recomendação ‘outperform’ e preço justo de R$ 32, um upside de 95%.
O analista Thiago Macruz disse que sua visão “construtiva” para a ação está apoiada numa análise de “soma das partes”. Desde o spinoff do Assaí, a possibilidade de monetização de outros ativos do grupo tem sido o foco dos investidores no papel.
Agora, Macruz fez uma análise de sensibilidade sobre o preço atual da ação em relação ao market cap de outros dois negócios do grupo que também são listados – o Éxito, a rede colombiana de supermercados; e a Cnova, o e-commerce europeu do Casino – para aferir o valor implícito da operação brasileira nos negócios do grupo.
“Mesmo assumindo um desconto de cerca de 50% sobre o preço de tela dos dois ativos, o valor atribuído à operação brasileira é próximo de zero hoje. Acreditamos, portanto, que uma eventual monetização geraria valor para PCAR3,” diz o relatório do Itaú.
O Pão de Açúcar fechou ontem valendo R$ 4,4 bilhões na Bolsa, ou 8x o lucro estimado para o ano que vem. Macruz faz a ressalva de que há preocupações com possíveis ações trabalhistas depois da venda do Extra para o Assaí – houve demissões, fechamento de lojas e de um centro de distribuição.
“Embora ainda seja muito cedo para estimar o valor dessas provisões, elas podem potencialmente chegar a bilhões de reais,” disse o Itaú BBA.
Mas o grupo espera receber um caixa significativo com a venda do Extra, alguns créditos fiscais de PIS/Cofins e ICMS e os recursos da venda de suas ações na recém-concluída recompra do Éxito.
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