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As ações do Banco Santander deram o que falar após o anúncio do resultado operacional da companhia nesta semana. Indicadores vieram abaixo do esperado por alguns analistas, em um dia já complicado para a bolsa no mercado internacional. O resultado foi uma queda destes papéis. Mas será que o Santander realmente é uma péssima escolha de investimento?
O que dizem os analistas?
O Santander (SANB11) reportou um resultado em linha com a expectativa dos analistas da Inter Researc, com um lucro líquido de R$ 4,0 bi (-1,1% R/E e +3,2% t/t) e ROAE de 20,7% (+0,2 p.p. R/E e +1,0 p.p. t/t). Contudo, o desempenho no trimestre foi negativo, com o lucro no período sendo influenciado por uma menor alíquota efetiva (efeitos positivos de JCP pagos), outras receitas/despesas e resultado não operacional com efeito de mais valia da CIP. Por outro lado, no operacional, a margem financeira retraiu 1,5% t/t, refletindo efeitos da sensibilidade negativa do banco à alta da taxa de juros, o que ocasionou uma redução de 95,5% na margem com o mercado do banco, que foi compensada pela evolução na margem com clientes de 29,6%, vindo de um maior spread no período. As despesas com provisões apresentaram aumento de 24,9% t/t acompanhando a deterioração do cenário macroeconômico e do aumento da inadimplência. No crédito, o banco mostrou retração de 1,6% t/t da carteira vindo de um menor apetite no período, diante do cenário de desaceleração atual e da deterioração da inadimplência, que já registra níveis próximos ao período pré-pandemia em 2,9% (3,1% 1T19) com atrasos avançando forte e registrando 4,2% no 1T22. Destacamos também a queda nas despesas gerais na comparação trimestral, refletindo esforços de eficiência do banco, que reduziu cerca de 10% das agências no período, resultando em um índice de eficiência de 36%, com melhora de 1,4 p.p. t/t.
No entanto, a queda pode apresentar uma boa oportunidade de entrada nos papéis do Banco, indica o Credit Suisse.
Desempenho da qualidade dos ativos no 1TRI foi pior do que o previsto, disseram analistas do Credit, mas as margens ainda apresentam um cenário otimista para os papéis a médio prazo. O que leva os analistas a recomendarem a compra das ações da Santander a um preço-alvo de R$ 42.
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