Após os eventos recentes na Petrobras (PETR4), a XP Investimentos revisou nesse domingo (21) a sua recomendação sobre as ações da companhia, assim como deu a sua nova perspectiva sobre a estatal. Confira.
Ações da Petrobras: nova recomendação e perspectiva
De acordo com os analistas Gabriel Francisco e Maíra Maldonado, a substituição de Roberto Castello Branco pelo General Joaquim Silva e Luna resultou em uma sinalização negativa.
Nesse sentido, o relatório justifica essa visão com base em um possível impacto negativo em relação à governança, visto que apresenta riscos para a independência de gestão da Petrobras (PETR4). Em seguida, outro problema identificado foi o risco sobre a manutenção da política de preços de combustíveis em linha com referências internacionais de preços.
Portanto, há um cenário de incerteza em tópicos relevantes da companhia que levou os analistas a intitular o seu mais novo relatório como “Não há mais como defender”.
Além disso, ocorreu um rebaixamento da recomendação para venda, com preço-alvo atualizado de R$ 32 para R$ 24. Ou seja, uma queda potencial de 10%, considerando o preço de fechamento de sexta-feira (19).
Sobre a expectativa da XP daqui para a frente, o relatório também aborda a governança e a política de preços como os principais temas. Dessa forma, a governança se tornou um ponto de incerteza, visto que não há evidências suficientes para entender a abordagem de Silva e Luna.
Por outro lado, a política de preços do combustível — razão que levou a demissão de Castello Branco — tende a tomar um rumo diferente do método atual. Assim, os analistas acreditam que isso impacte nos resultados da Petrobras (PETR4).
“Esperamos uma deterioração nos resultados no futuro, não apenas devido às margens de refino mais baixas, mas também devido aos riscos de que a Petrobras deva realizar importações de combustível com prejuízo para evitar qualquer risco de desabastecimento no mercado local”.
Maíra Maldonado e Gabriel Francisco, via relatório.
Temer comenta a respeito da nomeação
Uma das passagens do General Joaquim Silva e Luna pelo Governo, foi como Ministro da Defesa no período de presidência de Michel Temer.
Nesse sentido, o ex-presidente fez um comentário a respeito da nomeação para à “Coluna“, do jornal Estadão.
“O Brasil e os acionistas vão se surpreender positivamente com Joaquim Silva e Luna na presidência da Petrobras”
Michel Temer, em resposta à Coluna, do Estadão.
Além disso, o ex-presidente complementou dizendo que se surpreendeu com o “perfil de administrador austero” do militar durante a passagem no Ministério da Defesa.
Conheça um breve perfil do militar, bem como os efeitos imediatos do anúncio de demissão de Roberto Castello Branco sobre as ações, acessando aqui.
Por fim, outros especialistas do mercado também foram questionados sobre os impactos sobre as ações da Petrobras (PETR4). Para conferir os comentários, veja a matéria do GDI, disponível aqui.
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