O Banco Do Brasil (BBSA3) entregou bons resultados ao mercado em sua última divulgação de resultados, e as primeiras respostas já começaram: analistas estão dizendo que as ações estão a “preço de banana”.
No período, o Banco do Brasil viu o seu lucro subir 34,6% e somou R$ 6,6 bilhões, acima dos R$ 5,3 bilhões do esperado da Bloomberg.
O número foi puxado, principalmente, pelos seguintes fatores:
- forte redução das despesas de PCLD (Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa) ampliada de 27,2% no trimestre;
- aumento da margem financeira de 3,6% t/t, que sofreu pressão na margem com clientes, mas foi compensada pela tesouraria com as duas linhas basicamente sendo influenciadas pela maior taxa Selic;
- redução sazonal das despesas administrativas de 3,7% t/t;
- forte queda das despesas nos outros componentes do resultado;
O Inter Research lembra que a qualidade do crédito deteriorou levemente, mas menos que os outros bancos, mantendo a característica defensiva do BB.
A Genial Investimentos argumenta que as boas tendências levaram o BB a entregar um ROE de 17,8%, patamar comparável a bancos privados.
“Se o BB conseguir replicar o mesmo desempenho desse nos próximos 3 trimestres (o que é bem factível) o lucro do banco ficaria acima da faixa superior do guidance de 2022 de R$ 26b. Acreditamos que os analistas devam rever para cima suas projeções em torno de 10% mais próximo a faixa superior do guidance”, coloca.
Segundo a XP Investimentos, o resultado do Banco do Brasil foi positivo, com o lucro superando as estimativas, mesmo com a margem financeira pressionada pelo aumento nos custos de captação associados ao aperto do ciclo monetário.
“Se conduzirmos um exercício anualizando os números do trimestre, é possível perceber que os números estão rodando acima do guidance e enxergamos chance de revisão para cima nas expectativas contidas no consenso do mercado”, coloca.
O Santander também acredita que caso esse desempenho continue ao longo de 2022, o banco poderá alcançar resultados mais próximos do limite superior de seu guidance.
Já o Bank of America acredita que os encargos de provisão aumentem ao longo dos próximos trimestres e o NII (taxa de inadimplência) acelere auxiliado por melhores spreads, convergindo o lucro líquido para o guidance.
Está de graça?
A Genial lembra que ação está barata, negociando ao valuation “de meros” 0,61x P/VP 22 e 3,97 vezes o preço sobre o lucro (P/L) para 22.
Mas, de acordo com a corretora, esse múltiplo pode ser ainda mais baixo. “Se utilizarmos o lucro do topo da faixa do guidance de R$ 26 bilhões (para onde o consenso deve migrar), o valuation cairia para a bagatela de 3,68x P/L 22”, coloca.
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