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As reservas mundiais de moeda sofrem queda de US$ 1 tri após recordes de saques

Foto/Reprodução GDI
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As reservas caíram cerca de US$ 1 trilhão, ou 7,8%, este ano, para US$ 12 trilhões, a maior queda a quase 2 décadas.

O motivo, ou parte do motivo da queda, vem devido a mudanças de valor, pois à medida que o dólar chegou a atingir uma máxima histórica de 20 anos em relação a outras moedas de reserva, como o euro e o iene, o valor em dólar de depósitos nessas moedas caiu.

Mas as reservas cada vez menores também refletem o estresse no mercado de câmbio, que força um número crescente de bancos centrais a usarem os ativos internacionais para evitar a depreciação.

O Japão, por exemplo, gastou cerca de US$ 20 bilhões em setembro para desacelerar a queda do iene. Essa intervenção foi a primeira desde 1998.

Isso representaria cerca de 19% da perda de reservas neste ano. Uma outra intervenção cambial na República Tcheca ajudou a reduzir as reservas em 19% desde fevereiro.

Embora a magnitude do declínio seja extraordinária, a prática de usar reservas para defender moedas não é novidade.

Bancos centrais compram dólares e acumulam seus estoques para desacelerar a valorização de suas moeda quando há uma enxurrada de capital estrangeiro. Em tempos ruins, eles recorrem às reservas para suavizar o golpe da fuga de capitais.

“Alguns países, principalmente na Ásia, podem ir nos dois sentidos, suavizando a fraqueza e os bolsões de força”, disse Alan Ruskin, estrategista-chefe internacional do Deutsche Bank.