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Ata do Fed indica possível aumento de juros nos EUA caso inflação não ceda, devido a incertezas econômicas.
A ata da reunião de novembro do Federal Reserve (Fed) revela que os dirigentes do banco central americano estão considerando a possibilidade de aumentar ainda mais as taxas de juros nos Estados Unidos. A principal razão para essa ação seria a persistência da inflação abaixo da meta de 2%.
O documento enfatiza a importância de manter uma política monetária restritiva para controlar a inflação ao longo do tempo.
Fed considera aumento das taxas de juros devido à persistente inflação abaixo da meta
A ata da última reunião do Federal Reserve (Fed) trouxe à tona a possibilidade de um aumento adicional das taxas de juros nos Estados Unidos, caso a inflação não apresente sinais claros de se aproximar da meta de 2%.
Os dirigentes do Fed estão comprometidos em manter uma orientação monetária restritiva para controlar a inflação a longo prazo, mas essa decisão está envolta em uma atmosfera de incerteza econômica.
A persistente baixa da inflação tem sido uma preocupação central para o Fed, que acredita ser crucial que a economia norte-americana alcance a meta de 2% de inflação. No entanto, a ata da reunião também reflete preocupações sobre fatores externos que podem afetar essa trajetória. Um dos riscos mencionados é a possibilidade de que o conflito na Faixa de Gaza possa elevar os preços do petróleo, impactando a inflação global.
No âmbito doméstico, os dirigentes do Fed observaram os sólidos gastos dos consumidores como um ponto positivo, prevendo sua continuidade. No entanto, também há preocupações sobre o possível impacto do aumento das taxas de juros dos Treasuries na política monetária, pois alguns dirigentes expressaram dúvidas sobre até que ponto isso pode apoiar o aperto monetário.
Inflação anual dos EUA registra queda para 3,2% em outubro
Em uma atualização significativa sobre a economia dos Estados Unidos, a inflação anual do país registrou uma queda, situando-se em 3,2% em outubro. Esta redução de 0,5 ponto percentual em comparação com o mês anterior, quando a taxa estava em 3,7%, foi divulgada pelo Bureau of Labor Statistics em seu relatório mais recente.
Este índice é particularmente notável, pois representa a menor variação anual desde setembro de 2021 para todos os itens, com exceção de alimentos e energia. Estes últimos, por sua vez, apresentaram comportamentos distintos: enquanto a inflação de alimentos subiu 3,3% no acumulado de 12 meses, a taxa de energia experimentou uma queda de 4,5% no mesmo período.
Outro aspecto relevante é a estabilidade da taxa mensal de inflação, que se manteve em 0% em outubro. Detalhando mais, a inflação de alimentos teve um aumento modesto de 0,3% no mês, contrastando com a queda de 2,5% na taxa de energia.
Em resposta a este cenário econômico, o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, tomou a decisão de manter os juros norte-americanos entre 5,25% e 5,50%. Esta taxa de juros, que permanece inalterada desde julho, é a mais alta registrada desde 2001. O Fed destacou que continuará a avaliar informações adicionais e suas implicações para a política monetária, indicando uma abordagem cautelosa e monitorada em relação à evolução econômica futura.
Estes dados e decisões são cruciais para entender a direção da economia dos EUA, especialmente em um contexto global de incertezas econômicas e desafios financeiros.
A queda na inflação anual pode ser vista como um sinal positivo, sugerindo uma potencial estabilização econômica, mas os especialistas aconselham cautela e uma observação contínua das tendências para prever os próximos passos da maior economia do mundo.
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