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- As ações do Banco Inter estrearam na bolsa de Nasdaq nesta semana;
- Os analistas do Morgan Stanley aproveitaram o momento para atualizar suas recomendações para a ação.
Com a migração do Banco Inter para a Nasdaq, passando a ser agora Inter & Co, os analistas do Goldman Sachs e do Morgan Stanley trocaram as ações que são objetos de análise de BIDI3, BIDI4 e BIDI11 para INTR, ticker do papel negociado no exterior. Contudo, não mudaram a visão bastante cautelosa que possuem para os ativos, que estrearam na última quinta-feira (23) na Bolsa americana em forte queda de 12,56%.
As ações da Inter&Co (INTR), holding do Banco Inter, caem 9,20% (US$ 0,32), no segundo dia da de negociação do papel na Nasdaq. Na B3, BDR do banco (INBR31) também registra forte queda: -8,53% (R$ 16,40).
O Morgan Stanley possui recomendação underweight (exposição abaixo da média) e preço-alvo de US$ 2,16 para o ativo, um valor 37,9% menor ante o fechamento da ação na véspera.
Analistas do banco atribuem a classificação ao desafiador modelo de negócios do Inter de oferecer produtos e serviços gratuitos com altas recompensas e benefícios para atrair clientes e esperar fazer vendas cruzadas de produtos bancários onde não há experiência ou histórico.
Para o Morgan, é improvável que o Inter gere uma monetização significativa de clientes. A expectativa é de um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) em um dígito baixo para os próximos 2-3 anos, sugerindo que as ações devem ser negociadas bem abaixo do múltiplo atual de 1,0 vez P/BV (Price to Book Value), um indicador que relaciona o preço da ação ao valor patrimonial proporcional a ela. O preço-alvo de US$ 2,16 assume que as ações serão negociadas a 0,5 vez o P/BV.
Já o Goldman Sachs tem recomendação de venda para os ativos INTR, com preço-alvo de US$ 4 (ainda um potencial de valorização de 15% frente o fechamento da véspera).
“Embora acreditemos que a listagem da empresa nos EUA possa melhorar a visibilidade das ações, alcançando um conjunto mais amplo de investidores, continuamos a ver desafios para a monetização de clientes”, destaca a análise, ressaltando o mesmo ponto do Morgan Stanley.
Os desafios para a monetização incluem exposição limitada ao crédito sem garantia, menor escala e taxa de ativação e foco de expansão internacional. O preço-alvo atualizado implica em um valuation de US$ 1,6 bilhão (R$ 8,2 bilhões), que se compara à avaliação anterior de preço-alvo de R$ 3,70 por ação BIDI4 e US$ 2,0 bilhões (R$ 9,5 bilhões).
O Goldman destaca que o Inter construiu uma plataforma digital sólida com 19 milhões de clientes, desfrutando de uma forte base de crédito. Desde sua virada digital iniciada em 2015, a empresa inovou com lançamentos de novos produtos, como sua plataforma aberta de investimentos e integração de comércio eletrônico ao banco.
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