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Biden propõe triplicar tarifas de importação dos Estados Unidos

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A Casa Branca anunciou nesta quarta-feira (17), que o presidente Joe Biden pretende triplicar as tarifas sobre o aço e o alumínio importados da China para os Estados Unidos. Citando uma “concorrência desleal” que prejudica os trabalhadores americanos. Essa medida surge quase seis meses antes da eleição presidencial.

“As políticas e os subsídios da China em favor de seus fabricantes nacionais de aço e alumínio significam que os produtos americanos de alta qualidade estão sendo prejudicados”, afirmou a Casa Branca em um comunicado.

Biden instruiu seu Representante de Comércio (USTR) a considerar o aumento das tarifas atuais, de 7,5% em média. Isto, sobre parte do aço e do alumínio importados da China para os Estados Unidos, assim, triplicando-as.

Joe Biden viaja para Pittsburgh, Pensilvânia, cidade com passado industrial, no segundo dia de turnê pelo Estado-chave para a eleição presidencial. O presidente democrata busca se posicionar como aliado dos trabalhadores e dos sindicatos, visitando a sede do sindicato dos metalúrgicos, o USW.

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Recentemente, Biden conquistou o apoio dos sindicatos após se opor à aquisição do grupo siderúrgico norte-americano US Steel pela japonesa Nippon Steel. Paralelamente, Washington anunciou uma investigação sobre práticas chinesas injustas nos setores de construção naval, transporte marítimo e logística.

O Escritório do Representante Comercial, portanto, realizará uma investigação em resposta à solicitação de sindicatos dos setores de construção naval, transporte marítimo e logística, que denunciam as políticas chinesas como mais agressivas e intervencionistas do que as de qualquer outro país.

“O aço é um componente essencial de nossa indústria nacional de construção naval”, disse a Casa Branca.

A Casa Branca, no entanto, faz os anúncios em meio a uma grande rivalidade com a China. Apesar do recente diálogo entre as duas maiores economias do mundo e das medidas para diminuir a dependência dos EUA das indústrias chinesas. A importância do aço fabricado nos EUA para a segurança econômica e doméstica é destacada, enquanto enfatiza-se que os produtos americanos de alta qualidade enfrentam concorrência de alternativas artificialmente baratas, produzidas com emissões de carbono mais altas.

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Consequências adicionais

Tarifas de importação mais elevadas, no entanto, podem apresentar riscos econômicos significativos.

O aumento nos preços do aço e do alumínio pode resultar, contudo, em custos mais altos para carros, materiais de construção e outros produtos essenciais para os consumidores nos EUA. A possibilidade de inflação já representou um desafio político para Biden, e sua adoção de políticas protecionistas ecoa a abordagem de seu antecessor e adversário nas próximas eleições, Donald Trump.

Durante seu mandato, o ex-presidente impôs, contudo, tarifas mais amplas sobre produtos chineses e ameaça aumentar as taxas, enquanto busca a reeleição.

Uma análise da consultoria Oxford Economics alerta que as tarifas propostas por Trump podem prejudicar a economia dos EUA. No entanto, altos funcionários do governo Biden afirmam buscar uma abordagem mais estratégica e equilibrada. A China, que produz metade do aço mundial, vende a preços substancialmente mais baixos que os EUA.

O movimento de Joe Biden ocorre em meio a uma crescente tensão comercial global com a China. A China registrou um crescimento econômico de 5,3% nos primeiros três meses deste ano, superando as expectativas para o período anterior.

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Crescimento impulsionado por novas fábricas e exportações busca aliviar crise imobiliária e baixo consumo na China, segundo anúncio recente.

Para estimular o crescimento, a China investe pesadamente em sua indústria manufatureira, ampliando a produção de painéis solares, carros elétricos e outros produtos, com impacto global. No entanto, a ênfase da China nas exportações levanta preocupações entre países e empresas estrangeiras.

Durante sua visita à China, o chanceler Olaf Scholz, da Alemanha, expressou preocupações semelhantes, mas também alertou sobre o crescimento do protecionismo na Europa.


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