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Boeing eleva expectativa e planeja levantar US$ 21 bi em capital

A fabricante anunciou um aumento no valor das ofertas, superando os US$ 19 bi inicialmente previstos, conforme comunicado nesta terça (29).

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  • A Boeing anunciou que levantará US$ 21 bilhões através de ofertas de ações ordinárias e depositárias, superando os US$ 19 bilhões inicialmente planejados
  • A empresa aumentou o número de ações ordinárias de 90 milhões para 112,5 milhões, mantendo a oferta de cerca de US$ 5 bilhões em ações depositárias
  • Após o anúncio, as ações da Boeing caíram 1,9% no pré-mercado em Nova York
  • Os fundos serão utilizados para pagamento de dívidas, capital de giro, despesas de capital e financiamento de subsidiárias
  • A Boeing enfrenta mais de US$ 57 bilhões em dívidas e está lutando para manter seu grau de investimento, enquanto uma greve de maquinistas persiste desde 13 de setembro

A Boeing anunciou nesta terça-feira (29) sua intenção de levantar US$ 21 bilhões em um aumento de capital através de ofertas públicas de ações ordinárias e depositárias. Assim, superando os US$ 19 bilhões previamente discutidos. O comunicado, divulgado no site oficial da empresa, detalha a ampliação do número de ações a serem oferecidas. Passando de 90 milhões de ações ordinárias anunciadas na segunda-feira para 112,5 milhões, além de manter a oferta de aproximadamente US$ 5 bilhões em ações depositárias.

Após o anúncio, as ações da Boeing sofreram uma queda de 1,9% no pré-mercado de Nova York, às 8h37 (horário de Brasília). A oferta de ações ordinárias foi precificada em US$ 143 por ação, com a expectativa de levantar cerca de US$ 15,81 bilhões, enquanto a oferta de ações depositárias tem como meta arrecadar US$ 4,9 bilhões.

Recursos das ações

A Boeing direcionará os recursos dessas ofertas para diversos propósitos corporativos, como o pagamento de dívidas, capital de giro, despesas de capital e financiamento de suas subsidiárias. A empresa também especificou que encerrará a oferta de ações ordinárias em 30 de outubro e a de ações depositárias em 31 de outubro, ambas sujeitas às condições habituais de fechamento.

Atualmente, a Boeing enfrenta uma dívida superior a US$ 57 bilhões e está em um esforço contínuo para manter seu grau de investimento. A situação se complica ainda mais devido à greve de seus maquinistas, que teve início em 13 de setembro, afetando a produção e a estabilidade financeira da empresa. Essa busca por capital se torna uma estratégia crucial para lidar com os desafios financeiros e operacionais que a Boeing enfrenta no cenário atual.

A empresa

A Boeing é uma das maiores fabricantes de aeronaves e sistemas aeroespaciais do mundo, com sede em Chicago, Illinois, nos Estados Unidos. Fundada em 1916, a empresa é conhecida por sua ampla gama de produtos e serviços, que incluem:

1. Aeronaves Comerciais:

  • A Boeing é famosa por seus aviões comerciais, como o Boeing 737, 747, 767 e 787 Dreamliner, que são amplamente utilizados por companhias aéreas em todo o mundo.

2. Defesa e Espaço:

  • A empresa também atua no setor de defesa, fabricando aviões militares, helicópteros, satélites e sistemas de segurança.

3. Tecnologia Aeroespacial:

  • A Boeing desenvolve tecnologias avançadas em aerodinâmica, materiais compósitos e sistemas de aviação, contribuindo para a inovação na indústria.

4. Serviços:

  • Além da fabricação, a Boeing oferece serviços de manutenção, suporte técnico e treinamento para seus clientes.

5. Sustentabilidade:

  • A empresa está investindo em tecnologias sustentáveis, como aeronaves movidas a combustíveis alternativos e inovações para reduzir a emissão de carbono.

A Boeing desempenha um papel fundamental na indústria de aviação global, impactando tanto o transporte comercial quanto a segurança nacional. Apesar de sua grandeza, a empresa enfrenta desafios, como crises financeiras e questões regulatórias.