Nos últimos 12 meses, as ações da Magazine Luiza (MGLU3) despencaram quase 80%. Isto é, um movimento que segue e acompanha a aversão do mercado a ativos ligados ao varejo.
Assim sendo, o Magazine Luiza apresentou prejuízo líquido ajustado de R$ 79 milhões no quarto trimestre de 2021, revertendo o lucro de R$ 232,1 milhões reportado em igual período de 2020.
O resultado negativo veio pior que o esperado e abaixo das expectativas dos especialistas. Sendo assim, o BTG Pactual (BPAC11), por exemplo, esperava que a companhia mostrasse prejuízo de R$ 14 milhões no período.
Avaliação do BTG e Itaú BBA
De acordo com a avaliação do BTG Pactual, mesmo que os resultados do Magazine Luiza tenham vindo fracos como esperado, as ações devem continuar sob pressão nos próximos meses.
Nesse sentido, a avaliação mais negativa para a companhia se deve à perspectiva top-down mais dura.
Segundo Luiz Guanais, Gabriel Disselli, Victor Rogatis e Luiz Temporini, existem três principais preocupações sobre o desempenho das ações e que devem persistir:
São elas: a desaceleração do e-commerce local; a concorrência de players nacionais e internacionais; e preocupações com a sustentabilidade das margens para players de e-commerce.
Para o Itaú BBA, faltam gatilhos de curto prazo para uma retomada das ações.
Analistas da instituição lembram que, ao longo dos últimos dois meses, o Magazine Luiza foi favorecido por um cenário incomum que impulsionou os números da companhia e seus resultados.
“Agora que esse cenário se normalizou, vemos a companhia sofrendo os impactos de uma comparação mais difícil e com necessidade de reajustar sua estrutura corporativa para um cenário de operações mais normalizado”
comentam Thiago Macruz, Helena Villares, Maria Clara Infantozzi e Felipe Amancio, em relatório divulgado ontem à noite.
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