O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou nesta quarta-feira a fusão entre a Unidas (LCAM3) e a Localiza (RENT3). Contudo, a aprovação traz consigo um conjunto de medidas estruturais e comportamentais.
“Apesar de a operação se mostrar prejudicial para a concorrência e das eficiências não terem sido comprovadas de maneira que pudessem suportar os prejuízos, partiu-se para uma negociação de remédios que mitigassem os problemas concorrenciais ditos lá na frente, nas diligências.”
disse Alexandre Cordeiro Macedo, presidente do Cade.
Dessa forma, com a notícias, as ações das companhias apresentaram alta no dia, com os papéis da Unidas subindo 4,43% e os da Localiza, 3,13%. Entretanto, para selar o fechamento da operação, o Cade ainda precisa aprovar o comprador do pacote de ativos a serem desinvestidos nos termos do ACC (Acordo com Controle de Concentrações).
De acordo com o Credit Suisse, a fusão entre Localiza e Unidas trará “ganhos de escala substanciais”. Todavia, como um remédio contra à concentração de mercado, as companhias terão de se desfazer da marca Unidas. Além disso, terão de diminuir suas frotas e também a venda de seminovos. Para a XP Investimentos, o negócio é positivo.
“Ficou claro na decisão que a proposta de aprovação foi negociada com a Localiza/Unidas – o que nos dá tranquilidade de que o desinvestimento não inviabiliza a geração de valor da fusão.”
disseram os analistas da XP Investimentos.
Embora os remédios não tenham sido divulgados, o Bradesco BBI estima a venda da Unidas; a venda de até 50 mil carros no segmento de aluguel; e a venda de lojas de aluguel nas principais cidades e aeroportos. A XP Investimentos estima o mesmo número de carros a serem vendidos.
Por fim, vale lembrar que ainda em setembro de 2020 a Localiza (RENT3) anunciou a proposta de fusão com a Unidas (LCAM3).
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