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A companhia elétrica Cemig (CMIG4), recentemente informou a possibilidade de abrir uma filial em São Paulo, na busca pelo mercado livre de energia. O anúncio acontece após uma investigação ter sido aberta pelo Ministério Público de Minas Gerais. O inquérito tem a finalidade de investigar a suposta intenção da Cemig de transferir sua sede para SP.
A grande questão é que, com a vontade de abrir a nova unidade, surge a necessidade de levantar recursos para os altos investimentos. Nesse sentido, a estatal gerida pelo Governo de Minas Gerais pode contar com uma oferta primária de ações, de acordo com o que foi dito por Mateus Simões, que é secretário-geral da administração estadual.
Cemig e o Estado
Vale lembrar que, enquanto estatal, um processo de capitalização por emissão primária de ações pode comprometer a participação governamental na companhia. Entretanto, para o Governador do estado, Romeu Zema, uma menor participação pública não parece uma má ideia.
Acontece que Zema já declarou que apoia a privatização da Cemig, mesmo encontrando dificuldades para promover o desinvestimento no âmbito político. Ou seja, segundo o secretário-geral, são necessários cerca de R$ 15 bilhões, mas o Estado não possui condições para ajudar a levantar esta quantia.
Dessa forma, na visão da gestão, o caminho não é se desfazer de parte das ações estatais, visto que os recursos não iriam para o caixa da empresa. No entanto, a emissão primária pode abastecer melhor as necessidades da Cemig.
“O foco do Estado, no que se refere à Cemig, é garantir que toda pessoa ou empresa, em Minas, possa ter garantido acesso a energia de qualidade, com velocidade e disponibilidade de carga”
De acordo com o que foi dito recentemente por Zema.
Em suma, o Governo mineiro tem o total de 17,5% de participação na Cemig. Mas seu controle da estatal é de 50,97% nas ações ordinárias. Por fim, a Cemig ainda não se manifestou em relação às declarações dadas pelo Governador ou pelo Secretário.
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