As ações da Cielo (e seus acionistas) viveram um verdadeiro inferno nos últimos 5 anos. Afinal, os papéis da companhia acumularam a desconfiança do mercado em um mercado complicado e competitivo, e não ganhou a confiança dos investidores e nem dos analistas. No entanto, a situação parece estar mudando, e os papéis engataram uma dispara de 11% no pregão desta quinta-feira

Depois de cinco anos alternando entre ‘neutral’ e ‘underweight’ – um período em que o papel só derreteu – o JP Morgan mudou sua visão de Cielo para ‘buy’, refletindo os últimos resultados operacionais da empresa em linha com um rebound mais amplo do mercado .

O analista Domingos Falavina disse que a Cielo reportou estabilização do market share depois de anos sofrendo perdas muito substanciais: o share da empresa caiu de 54% para 26% nos últimos cinco anos. Além disso, o resultado também mostrou a capacidade da Cielo de repassar preços e muita disciplina de custos, segundo o analista. Somando esses fatores ao esperado fim do ciclo de alta da Selic, o analista disse que agora vê ótimas perspectivas para a companhia.
O preço-alvo para ação é de R$ 5, um upside de 38%. A Cielo negocia hoje a 8,5 vezes o lucro de 2022, bem abaixo das 48x de Stone e PagSeguro. Os analistas disseram que a participação da Cielo na Cateno – a joint venture entre a empresa e o Banco do Brasil que atua na gestão de pagamentos – vale entre R$ 9bi e R$ 12 bi.
“Só a Cateno vale mais do que o market cap da Cielo,” que está em R$ 10 bilhões, diz o relatório.
Para o JP Morgan, a venda da Merchant E-Solutions – a companhia de soluções de pagamento que a Cielo tinha nos EUA e vinha entregando resultados fracos – livrou a Cielo de perdas que vinham impactando sua rentabilidade. O JP Morgan acredita que a Cielo poderá distribuir cerca de 40% dos lucros em dividendos, o que daria à empresa um dividend yield entre 4% e 5%.
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