Em 2020, a China foi o país que mais recebeu investimento estrangeiro direto. Dessa forma, acabou roubando a primeira colocação dos Estados Unidos.
De acordo com dados da Investment Trends Monitor, da ONU, a China bateu a marca de US$ 163 bilhões de investimento estrangeiro. Os Estados Unidos por sua vez, ficaram um pouco abaixo do país asiático, somando US$ 134 bilhões no período.
Além disso, quando comparamos com os números de 2019 vemos a real diferença do cenário. Afinal, naquele ano, os Estados Unidos receberam R$ 251 bilhões e a China US$ 140 bilhões de capital estrangeiro.
O relatório da ONU também apontou que o investimento estrangeiro direto recuou 42% em termos globais, somando US$ 859 bilhões. Dessa forma, devido ao novo coronavírus e suas implicações em diversas economias, o estrago foi maior do que o da crise de 2009.
Entretanto, por que a China conseguiu crescer tanto de um ano a outro? Bom, de acordo com o relatório, o motivo se deve ao controle do país asiático sobre a pandemia. A China fechou suas fronteiras, impôs medidas rigorosas de controle social, com testes de larga escala, além da enorme abundância de materiais de proteção.
Dessa forma, desde o início da pandemia, a China registrou menos de 100 mil casos e 4,8 mil mortes. Os números são da Universidade de John Hopkins. Contudo, por outro lado, os Estados Unidos, que tem uma população menor que a China, registraram 25 milhões de casos com mais de 400 mil mortes.
Por fim, vale destacar que a China resistiu ao impacto econômico e cresce 2,3% em 2020. Assim sendo, deve ser a única economia a registrar um PIB positivo.
Brasil
Além disso, o relatório da ONU – que avalia 153 nações – falou sobre nós. De acordo com ele, o investimento estrangeiro direto no Brasil encolheu para US$ 33 bilhões. O principal motivo foi a paralisação de processos de privatização e concessões de infraestrutura.
“As indústrias mais afetadas foram as de transporte e de serviços financeiros, com queda de fluxo de mais de 85% e 70%, respectivamente.”
afirma o estudo.
Quanto a América do Sul em geral, o fluxo de investimento externo caiu 46%, alcançando US$ 60 bilhões.
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