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- O governo chinês está fazendo medidas para restringir os IPOs em bolsas estrangeiras;
- Desse modo, o IPO da DIDI parece ter sido o estopim, e a empresa já sofreu consequências;
- A empresa foi impedida de cadastrar novos usuários e o seu app foi retirado das lojas de aplicativos locais;
- No entanto, estas medidas parecem apenas as primeiras do governo chinês.
O governo chinês parece estar com um “pé atrás” com o atual sistema de listagem de ações de companhias chinesas na bolsa de valores dos Estados Unidos. Afinal, o governo da China parece não se importar em colocar em risco este setor. Este que soma US$ 2,1 trilhões em valor de mercado nos EUA e que trouxe uma arrecadação de US$ 24 bilhões para bancos de investimento nos últimos 18 meses.
O IPO da DIDI, a gota d’água?
O mercado americano e o chinês já trocam olhares desconfiados desde a gestão do presidente americano Donald Trump. No entanto, os ânimos pareciam ter esfriado nos últimos meses.
Mas parece que agora, o assunto voltou as pautas de discussões graças a listagem da companhia chinesa DIDI na bolsa de valores americana.
O IPO, feito no dia 30 de julho, foi muito bem entre os investidores, que queriam ter um pedacinho da companhia dona do aplicativo 99. Afinal, a companhia é a principal concorrente da Uber.
Assim, IPO, foi bem-sucedido na Wall Street, e o grupo captou US$ 4,4 bilhões e foi avaliado em US$ 67 bilhões. No entanto, nos dias seguintes, o governo chinês diminuiu as brechas e aumentou a pressão em cima das companhias de tecnologia do país, e a DIDI já está sentindo na pele estes impactos.
Entre outras ações, o grupo foi impedido de cadastrar novos usuários e o seu app foi retirado das lojas de aplicativos locais. E, como resultado, viu suas ações despencarem no mercado americano.
O caso cria um histórico negativo, assim, causando o medo de possíveis novas medidas com outras companhias chinesas de tecnologia.
Em um dos desdobramentos mais recentes dessa ofensiva, o Conselho de Estado chinês informou, em comunicado, que as regras do sistema de listagem de empresas locais no exterior terão novas regras. Além disso, afirmou que os fluxos de dados entre as fronteiras também estarão sujeitos a mais restrições.
O fim dos IPOs chineses em Wall Street?
Desse modo, é fácil observar que o governo chinês não está gostando dos IPOs no exterior. Assim, uma das medidas que estão sendo avaliadas é a exigência de que as empresas com planos de acessar mercados como os Estados Unidos e Hong Kong tenham de passar pelo crivo dos órgãos reguladores chineses.
Portanto, a partir de agora, as restrições dos IPOs devem aumentar. Assim, causando um prejuízo enormes tanto para os investidores que estão na bolsa americana, quanto para as empresas chinesas. Estas que enxergam nos EUA, uma excelente oportunidade de captação de capital.
As dimensões do mercado deixam claro como isso é prejudicial. Afinal, os IPOs de empresas do país da Grande Muralha já levantaram um total de US$ 106 bilhões na Nasdaq e na Bolsa de Nova York, segundo a consultoria Refinitiy.

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