O mercado está com os olhos bem abertos para as indicações do Banco Central com a definição do COPOM para a taxa de juros brasileira ao fim do pregão desta quarta-feira. Afinal, a meta de Selic define os rumos do mercado ao fazer o recorte e onerar os investimentos.
As alterações na taxa de juros funcionam como um remédio para a inflação, que está explodindo ao redor da cadeia global de produção. O que pode afetar o “plano de voo” do Banco Central, aumentando a incerteza dos mercados e piorando ainda mais os cenários (como por exemplo na bolsa de valores).
Os problemas inflacionários são a causa das prováveis mudanças tanto no cenário interno quanto, nos Estados Unidos, que também define sua nova meta pelo FED hoje as 15h00, e que segundo os analistas, tomará como proteção uma alta de 0,75% para corrigir as demandas globais.
No cenário doméstico, o consenso do mercado para a nova meta da Selic é uma alta de 0,5%, mas alguns analistas apontam alguns riscos neste cenário. Segundo Alexandre Bissoli, da Apex Asset em bate-papo promovido pelo BTG Pactual, o ciclo de aperto ainda pode estar longe de acabar.
“O que eu espero é uma indicação que o ciclo não terminou […] prefiro evitar dar um sinal que a próxima alta seria a última, o contexto é de humildade devido ao contexto de incertezas do mercados, o FED não deve seguir seu plano de voo, e a meta deveria ser manter o foco com as metas do ano que vem.
Já para Thomas Wu economista-chefe do Itaú Asset, o balanço de risco mudou muito, com as taxas terminais indo além do esperado nas últimas reuniões.
“Os fatores externos pioraram um pouco, mas o BC só lida com riscos fiscais que já foram implementados”.
O gestor ainda aponta que a expectativa pode chegar a uma taxa terminal de até mesmo 15%.
“Mas o cenário mais provável é deixar em aberto: uma alta de 50 bps agora, sem indicar um fim do ciclo, mas eu não descartaria uma alta de 75 bps.”
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