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Certamente o período de pandemia trouxe à Cogna (COGN3) novas perspectivas de atuação. Nesse sentido, já há alguns meses a companhia vem conversando com a Eleva, também do segmento de educação, sobre um novo sistema educacional. Foram cinco meses de vai e vem e nenhuma resolução sólida, mas enfim parecem avançar na transação que envolve uma troca de ativos entre ambas.
Sendo assim, o novo formato consiste no sistema de ensino da Eleva, que a companhia tende a vender e, em troca, receber os colégios da Cogna. Naturalmente, esta troca implica em um valor adicional como a diferença, que deve ser pago pela Eleva, já que o material tem valor menor do que as unidades escolares. Entretanto, o valor será sanado pela oferta de algumas ações da Eleva, já que a companhia pretende ingressar na abertura de capital.
Ou seja, por meio da Vasta, braço educacional da Cogna, a gigante do setor pode ter acesso às ações da Eleva. Ações que, por sua vez, não garantem direito a voto por um período determinado, de modo que não haja interferência na governança.
De acordo com o BTG Pactual, o sistema de ensino da Eleva está avaliado em R$ 400 milhões, enquanto as escolas da Cogna valem cerca de R$ 2 bilhões. Ou seja, o saldo para a Cogna é de R$ 1,6 bilhão.
O que a transação pode proporcionar à Cogna e à Eleva?
Em primeiro lugar, a Eleva pode expandir, como já pretendia, com a finalidade de impressionar na IPO. Por sua vez, a Cogna possui mais de 50 escolas, que podem oferecer à Eleva o tamanho e robustez que a empresa pretende.
Em suma, a Cogna pode se desfazer das unidades escolares e melhorar sua atuação no segmento de serviços educacionais para outras escolas, onde é referência. Entre estes novos serviços estão a venda de material didático, de plataformas educacionais e a gestão escolar.
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