Você já parou para pensar em quanto custa uma oportunidade? Quando estamos falando do mundo dos investimentos, estamos sempre falando de processos de tomada de decisão, o que gera uma série de conflitos. Afinal, quando seguimos um caminho, estamos sempre na ponta de uma faca de dois gumes, pois precisamos abrir mão de outra oportunidade. Hoje vamos conversar um pouco sobre uma interessante teoria econômica: o custo de oportunidade, e como você pode usar essa teoria para otimizar seus lucros no mundo dos investimentos!
O custo de oportunidade
Primeiramente, vamos entrar no cerne mais “burocrático”: a teoria. Afinal, você sabe o que é o custo de oportunidade?
Na economia estamos sempre lidando com um dilema. Os recursos existentes são limitados, e a escassez destes recursos é que definem o valor de algo. Nesse sentido, a economia tenta gerir estes recursos limitados da melhor forma possível. No entanto, o processo de definir o destino deste recurso se desdobra em diferentes alternativas.
Nesta batalha de alternativas, temos outra importante vertente: “o desejo por algo, e a possibilidade de ter”, e o “desejo e a possibilidade de ofertar”. Você provavelmente já ouviu falarei desta teoria, mas simplesmente como oferta e demanda.
Em suma, algum indivíduo tem o desejo por algo, e não pode ofertar, enquanto outro oferta e mantêm seus desejos. A disputa entre estes desejos buscam saciar a necessidade dos indivíduos e é exatamente o que faz a economia como conhecemos girar. Mas onde o custo de oportunidade se encaixa nesta teoria?
Se estamos buscando a melhor forma de otimizar nossos recursos, o processo de tomada de decisão precisa ser feito. Mas vamos sempre tomar a melhor decisão? O custo de oportunidade indica exatamente o que sugere seu termo: o custo implícito em uma decisão ao deixar de tomar uma segunda decisão:
“O custo de oportunidade representa “a renda líquida gerada pelo fator (de produção) em seu melhor uso alternativo”. O conceito de custos de oportunidade pressupõe alternativa viável e, portanto, existentes para o consumidor ou para o empresário. Pressupõe, também, uma decisão efetiva sendo tomada e que, o sendo, acarreta o sacrifício/abandono de outras (s) que não foi o (ram)”.
Calma, os conceitos são realmente complicados, mas vamos entender melhor, na prática. Tomamos como exemplo uma situação do cotidiano na seguinte situação: você sai de casa em um fim de semana para almoçar, e pretende, por exemplo, ir em um rodízio. Ao optar por este cardápio, ou um restaurante em específico, você abriu mão de almoçar outro tipo de comida, ou em uma ambiente diferente. Percebeu o movimento? O custo de algo que deriva de uma escolha, este é o custo de oportunidade.
O custo de oportunidade e o mundo dos investimentos
Quando estamos falando do mundo das finanças, o custo de oportunidade toma ainda mais corpo. Afinal, estamos falando de dinheiro, e perder oportunidades de lucrar (ou evitar prejuízos) provavelmente causa arrepios a qualquer um.
No mundo dos investimentos estamos falando diretamente do custo de oportunidade de diferentes modalidades de investimento, e se você já entendeu o conceito já está começando a enxergar algumas relações. Um exemplo bem clássico é: renda fixa x renda variável. Na renda fixa temos maior segurança e estabilidade no investimento, mas quando optamos por esta modalidade de investimento, estamos abrindo “mão” das maiores margens de lucro do mercado de renda variável.
O caminho oposto também ocorre. Afinal, quando investimos em renda variável, temos o custo de oportunidade da renda fixa e de sua segurança de rentabilidade. Bem, não é difícil perceber que tudo tem dois lados (ou até mais), o que torna a vida dos investidores um caminho de fortes emoções.
Neste processo, estamos sempre nos perguntando se tomamos a melhor decisão comprando “x” ativo, ou até mesmo deixando de comprar. A disputa para ver quem tomou uma escolha certa é vendida diariamente pelos “gurus” do mercado financeiro, mas a verdade é que não existe receita mágica, e o custo de oportunidade é a maior prova de que não existe uma resposta certa.
Afinal, comprar ações? Derivativos? Títulos? Abrir seu próprio negócio? Todas estas movimentações tem seu próprio risco, e por consequência seu próprio custo de oportunidade.
Logo, não se abale diante de escolhas. No mercado, você vai perder grandes oportunidades, mas também vai pescar bons peixes neste oceano se pescar no local certo. Para tal, você precisa estar sempre atento as movimentações e novidades do mercado, e nada melhor do que estar ligado ao Guia do Investidor para receber estas informações em primeira mão! Não deixe de acessar nossas redes sociais abaixo para estar sempre ligado nas notícias mais quentes do mercado.