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Com alta de 0,75% na Selic, o que fazer com seus investimentos?

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Após anos sem uma revisão para mais, a taxa Selic sofreu uma alteração recente, migrando da mínima histórica de 2%, para 2,75%. Entretanto, disso todos já sabemos, certo? A grande questão agora envolve duas máximas: a alta da Selic afeta seus investimentos? E se sim, o que fazer com estes ativos? 

Confira neste artigo os caminhos tomados pela economia e pelo mercado financeiro nesse cenário que, apesar de já esperado, tem dado o que falar!

Qual a relação entre a Selic e os investimentos?

A matemática é simples. Quanto maior a taxa Selic está, mais atraente fica a renda fixa. Enquanto com a Selic em níveis baixos, a renda variável se torna mais atrativa. Isso ocorre visto que a Selic determina a menor remuneração possível dos investimentos no tesouro Selic, o ativo de menor risco do mercado. Ou seja, se a Selic é a base para o rendimento dos investimentos de renda, quando ela está baixa os investidores buscam por melhores oportunidades. Sendo assim, o mercado variável se mostra mais eficiente do que a renda fixa na remuneração aos acionistas, mesmo que com maior risco.

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Além disso, a taxa básica de juros ainda indica outros pormenores, como um avanço da inflação, investimentos estrangeiros, e aceleração ou freio da economia como um todo. A taxa influencia fortemente na aceleração econômica pois ela é base para os cálculos, inclusive, dos juros advindos de empréstimos bancários. Dessa forma, quanto mais caros os empréstimos, menos as pessoas recorrem a eles para financiar suas necessidades, e acabam gastando menos, freando o consumo. Certamente, este movimento também afeta as empresas, listadas ou não em bolsa, visto que pode ser mais atrativo buscar recursos para expansão de outras maneiras.

Compreendido os tantos efeitos e interações entre a taxa básica, os investimentos e as empresas, cabe compreender qual o melhor caminho a seguir.

Mas antes, vamos a mais uma contextualização! 

Recentemente foi anunciado ao mercado em geral o novo formato de operações do Banco Central, que dá maior autonomia para a instituição. Este movimento, assim como o ajuste da Selic, pode ser visto como um instrumento de política econômica, para além dos investimentos. Acontece que o BACEN terá maior atuação na resolução de problemáticas como a famigerada inflação, o que deve corroborar com um processo mais direto à estabilidade econômica do país.

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Todos estes movimentos recentes afetam, para além da sua carteira, a expectativa do mercado. Nesse sentido, sempre que ocorrem mudanças relevantes é preciso estar atento! As expectativas de mercado estão diretamente ligadas com o segmento de ações, já que há uma tendência de maior alocação dos investimentos nesses ativos.

Espera aí! Se a renda fixa e a renda variável já estão sendo movimentadas e jogando os interesses dos investidores para lá e para cá, o que fazer? 

Investimentos saudáveis passam bem pelas adversidades

Em primeiro lugar, desde o início da crise pela COVID-19, as pessoas entenderam que apenas um tipo de investimento não basta para se proteger. Ou seja, a máxima que diz sobre diversificar ser indispensável não está na boca dos investidores por nada. Não é preciso fugir da renda fixa, assim como não precisava vender ações em queda no pior momento da pandemia. O segredo do sucesso é conhecido por todos, mas requer ser repetido: o seu comportamento define seu sucesso neste meio. Quanto mais você se preparar e estudar, menos preocupações terá em momentos como este.

Pois bem, caro leitor, este artigo não está aqui para indicar investimentos, mas para dizer que o alarde não se faz necessário. O avanço da Selic, apesar de acima das expectativas, ainda foi pouco para promover mudanças significativas nos investimentos ou mercados. Isso quer dizer que seus investimentos em renda variável não sofrem pressão pelos rendimentos ainda baixos da renda fixa. Entretanto, o cenário está mudando, e a grande questão gira em torno de você estar preparado, o que parte de uma carteira bem diversificada. Lembre-se, o mundo dos investimentos é amplo, e os rendimentos passados não são garantia de rendimentos futuros, assim como investimentos em alta podem oscilar rapidamente!

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Por fim, este artigo não figura recomendações de investimentos, tendo apenas a finalidade de informar os leitos, auxiliando no processo de aprendizado.

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