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A Oi em pedacinhos: qual concorrente dominará seu mercado?

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O processo de recuperação judicial da Oi (OIBR3) gerou consequências importantes não só para a companhia, mas também para todo o segmento de telefonia brasileiro. A companhia precisou se desfazer de uma série de ativos para focar suas operações em serviços de fibra ótica, e vem caminhando para se tornar uma nova Oi. No entanto, este processo gerou uma grande lacuna no mercado. Afinal, com a Oi fora da jogada, quem assumirá o market share destes serviços?

Para Wendell Oliveira, CEO da Ligga (ex-Copel Telecom), dona da operadora paranaense de telefonia fixa Sercomtel, o protagonismo deste mercado deve cair nas mãos das operadoras regionais.

A implantação da rede móvel de quinta geração (5G) pode aumentar a competição no setor de telecomunicações no Brasil caso as cinco operadoras regionais (Brisanet, Unifique, Algar, Cloud2U e Ligga), vencedoras do leilão das novas frequências em novembro de 2021, ampliem a concorrência com as três grandes operadoras multinacionais (TIM, Vivo e Claro) e ocupem o espaço deixado pela Oi.

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O executivo afirma que essas cinco operadoras independentes conversam muito sobre a tendência de consolidação do setor e buscam ser uma quarta opção ao consumidor. TIM (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Claro (AMX) se uniram e compraram os ativos móveis da Oi (OIBR4), em uma operação contestada pelas companhias regionais, mas que acabou sendo aprovada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) no primeiro semestre.

“As cinco operadoras regionais têm de ter uma sabedoria muito grande para ocupar esse espaço que foi deixado pela Oi. Nós cinco, somados, podemos ser uma quarta opção às outras três operadoras. Existe uma tendência de consolidação grande. Isso já vem de alguns anos e deve aumentar. Afinal, com um juro alto, existe uma necessidade muito grande de Capex [investimento] para fazer o negócio de telecom crescer”.

Afirmou o executivo.

Além disso, algumas dessas operadoras regionais abriram capital há um ano na B3, como a Brisanet (BRIT3), sediada no Ceará, e a Unifique (FIQE3), fundada em Santa Catarina.

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Provedores de fibra óptica – WDC (LVTC3) e Desktop (DESK3) – também concluíram IPO (oferta inicial de ações) na Bolsa brasileira em 2021, de olho nas oportunidades dos novos tempos das telecomunicações no país.


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