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Os ânimos estão a flor da pele no conflito geopolítico entre a Rússia e a Ucrânia. É claro que este tipo de situação causa medo em todas as pessoas, e inclusive as grandes potenciais e instituições do mundo, como os Estados Unidos e a OTAN, estão se mobilizando para amenizar os danos de um possível conflito. No entanto, como estas movimentações afetam você, aqui no Brasil? A Nord elaborou um artigo que explica estes movimentos, e nós do Guia do investidor vamos apontar os pontos de destaque! Confira agora mais detalhes!
O contexto Geo-político
O conflito entre Ucrânia e Rússia não é de hoje e vem desde lá atrás colecionando diversos bons e maus momentos. No entanto, nem tudo dessa disputa é relevante, é importante saber a aproximação da Ucrânia com a OTAN e a forte repressão (a essa aproximação) que os russos buscam impor — com briga ou sem briga.
Além disso, o próprio Putin deixa bastante claro (no mesmo texto mencionado acima), dizendo que a imposição de mudanças culturais que a Ucrânia passa se assemelha a um ataque de armas de destruição em massa à Rússia. Além disso, o Ocidente (EUA) jamais deixou de ver nossos amigos do leste-europeu como uma ameaça.
A postura da Rússia com a Ucrânia é vista pelo secretário geral da OTAN como um grande ato de agressão. Desde 2014, com a série de protestos no país, a Rússia já vem adotando um caráter hostil.
Tendo não só anexado a Criméia em 2014, mas também lançado uma série de ataques cibernéticos e financiado as forças separatistas em uma guerra civil no leste do país.
Já na visão russa, essas medidas são formas de proteção à expansão da OTAN desde a sua fundação. Uma organização que, hoje já tem como aliados diversos países que estão ao redor da Rússia. O que, militarmente, é uma potencial ameaça gigantesca aos Russos.
No caso da Ucrânia, a grande preocupação é com a capacidade de instalação de mísseis voltados para Moscou (que levariam por volta de 8 minutos para chegar à capital russa).
Os riscos na economia
O grande risco para a economia mundial, no entanto, é a participação de ambos os países na produção de energia. Afinal, a Rússia é uma das maiores exportadoras de gás natural para a Europa (em 2020, foram responsáveis por 36 por cento da oferta, atrás apenas da Noruega, com 38 por cento). E a Ucrânia tem uma participação muito importante nessa cadeia, por possuir diversos dos dutos por onde passa o gás natural para chegar na Europa.
Um possível conflito — ou aumento dessa turbulência geopolítica — poderia ter um impacto muito maior na cadeia de energia global. Estamos segurando um fósforo no meio de uma floresta de galhos secos.
Com a oferta de petróleo reduzida globalmente e sem ter a capacidade de aumentar a produção da mesma maneira que tivemos lá atrás, um possível conflito entre Rússia, Europa e Estados Unidos poderia desencadear uma crise energética. Esta, ainda mais complicada para o mundo lidar em busca de fontes de energia.
Assim, tendo um desfecho negativo nas negociações entre OTAN, EUA e Rússia — ou, no pior dos casos, uma invasão à Ucrânia. Podemos ter uma redução ainda maior da oferta, além de um cenário cada vez mais difícil para o bolso dos consumidores. Com o petróleo mais caro, a gasolina acompanha, pesando cada vez mais no bolso dos brasileiros.
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