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A Cielo, líder do setor de meios de pagamento com uma fatia de 25,9%, foi eleita a top pick do Bank of America (BofA), em relatório divulgado nesta quinta-feira (23). Apesar de apontar para uma ligeira elevação no preço-alvo da ação, de R$ 7,4 para R$ 7,5, o banco mantém a recomendação de compra para o papel, mas faz ressalvas diante de questões como o cenário macro incerto e os ganhos de participação de players não listados, como a Rede e a Getnet.
O BofA destaca o foco na reconstrução da lucratividade e o avanço em margens e eficiência, deixando de lado a guerra das maquininhas. O banco projeta um salto de 9% no volume total de pagamentos (TPV) da Cielo em 2023, abaixo da estimativa do setor e refletindo a concorrência mais acirrada. Mas ressalta a orientação da empresa de priorizar clientes com margem de contribuição positiva.
Segundo os analistas do BofA, a Cielo deve se beneficiar do teto nas taxas de intercâmbio, a partir do segundo trimestre de 2023, e também vê boas perspectivas para a empresa a partir das políticas de reprecificação da empresa, com a expectativa de uma nova onda nessa direção nos próximos meses.
O BofA também aumentou o preço-alvo da ação da Stone, de US$ 12 para US$ 13, e reiterou a recomendação neutra para o ativo. No caso da PagSeguro, apesar da manutenção da recomendação de compra, houve uma redução no preço-alvo da ação, de US$ 17 para US$ 14.
O banco observa que a Cielo tem uma média histórica de P/L (Preço/Lucro) de 10x, enquanto reduziu suas metas para PagSeguro e Stone para mantê-las em um desvio padrão abaixo da média histórica, refletindo os desafios de execução para a Stone.
Para a Stone, o BofA destaca a chegada de Pedro Zinner, ex-CEO da Eneva, que assume o comando da operação em abril, como uma oportunidade para a empresa, que passou os últimos dois anos e meio lidando com questões como problemas na originação de crédito e a longa integração da Linx. O banco afirma que Zinner conseguiu integrar diversos ativos na Eneva, liderando com sucesso uma estratégia de diversificação de negócios, sugerindo que possa focar na integração e no turnover da Linx, ao invés da venda do ativo.
Por fim, os analistas do BofA ressaltam que o cenário macro permanece incerto, e que ganhos de participação de players não listados, como a Rede e a Getnet, podem prejudicar o crescimento das empresas listadas em bolsa do setor de meios de pagamento. Diante disso, recomendam cautela na hora de investir em ações do setor, e que os investidores estejam atentos aos riscos envolvidos nas operações.
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