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A expectativa do mercado financeiro para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, que acontece hoje e amanhã, é que ocorra a manutenção da taxa Selic em 13,75% e que a inflação feche em 7,15%. Para 2023, as expectativas são de 11% e de 5,33%, respectivamente.
Segundo Rafael Marques, economista e CEO da Philos Invest, a divulgação será de manutenção. O comentário pós decisão deve manter a mesma linha, talvez com o tom um pouco mais pesado, pois a briga da inflação ainda não foi vencida.
“Para esse ano os números já estão ai, sem grandes surpresas. A questão agora é ver 2023 e 2024. O Focus trouxe uma elevação em 24 e isso é para deixar ligado um sinal de alerta”, comenta.
O economista e sócio da BRA, Rodrigo Sodré, também acredita que a taxa de juros não irá subir.
“Ainda não é momento de começar a reduzir a Selic, mesmo com os dados dos últimos meses de deflação, que foram mais pontuais devido a redução dos impostos. Com esse alívio fiscal, temos um alívio da inflação. Ainda vemos um ano positivo de PIB, então não podemos deixar afrouxar a taxa de juros por conta de alguns meses de deflação”.
Para o especialista em finanças e sócio e estrategista-chefe da BRA/BS, Rodrigo Correa, o Copom já terminou com a subida da taxa de juros básica, desde a última reunião, e permanece atento tanto a pressões inflacionárias (vindas das economias globais aquecidas que sofrem com alta da inflação, bem como com a potencial política fiscal do próximo governo brasileiro em níveis estimulativos) quanto a potencias notícias desinflacionárias (nível de preços de commodities menores do que antecipado e subida de juros sincronizada de diversos bancos centrais ao redor do mundo, fazendo as economias respectivas a resfriarem).
”O nível de incertezas macroeconômicas é alto no momento e exige a cautela do Copom na alteração da taxa Selic. Por isso, acredito na manutenção”.
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