Continua após o anúncio
O Brazil Journal entrevistou alguns gestores sobre o que era mais vantajoso entre investir nas ações da CVC (CVCB3) ou comprar suas dívidas. De acordo com alguns gestores, a resposta para tal questionamento é cada vez mais fácil de dar.
Ontem, uma debênture da CVC com vencimento em 2025 negociava a 88% do valor de face no mercado secundário. Dessa forma, oferecia um retorno de CDI +11%. Isto é, a maior taxa de todas as empresas listadas na B3. Por outro lado, as ações da companhia saltaram 50% apenas nos últimos seis meses, ao passo que as vendas ainda estão longe de se normalizarem.
“São duas narrativas opostas. Na Bolsa, o mercado está precificando que a empresa vai voltar ao normal. No mercado de dívida, está precificando um risco grande de não receber o dinheiro de volta”
disse ao Brazil Journal um gestor comprado nas debêntures da CVC.
Contudo, perguntado sobre qual dos dois mercados estaria certo, ele disse “acho que nenhum”. De acordo com ele, as ações da CVC deveriam valer metade do que vale e a dívida deveria, por sua vez, 100% do valor de face. Para ele, CDI +6,5% – taxa da debênture quanto negociada a 100% – já é uma boa taxa, uma taxa “atrativa”.
As tesourarias do Santander e Citibank, além das gestoras SPX Capital, HIX Capital e Kinea são investidoras das debêntures da CVC.
O desempenho da CVC
Durante o quarto trimestre de 2020, a CVC apresentou uma receita líquida total de R$ 162,8 milhões. Portanto, houve uma queda de 48,9% em relação ao mesmo período de 2020.
Além disso, seu EBITDA ajustado somou R$ 171,1 milhões negativos, com margem de -18,3%, regredindo 87,2 pontos percentuais. Por fim, a CVC (CVCB3) reportou um lucro líquido de R$ 392,5 milhões. Dessa forma, revertendo o prejuízo de R$ 95,8 milhões no igual trimestre do ano anterior.
Follow @oguiainvestidorDICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.