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A semana promete ser agitada para os mercados internacionais, mas sobretudo no Brasil. Na agenda econômica, o Banco Central Europeu (BCE) anuncia mais uma forte elevação nos juros e o Banco do Japão (BoJ) deve manter a política monetária ultra frouxa. O Reino Unido deve anunciar seu novo primeiro-ministro, com vantagem para Rishi Sunak, Além disso, o PCE de setembro – principal indicador de inflação do Fed – encerra a semana.
No Brasil, os principais dados econômicos serão o IPCA-15, IPP, taxa de desemprego e IGP-M. Outro ponto importante será a reunião de política monetária do Banco Central, onde o Copom deve manter a taxa de juros em 13,75%.
De olho no Copom
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC brasileiro inicia na terça-feira (25) sua penúltima reunião do ano. No encontro anterior, realizado há pouco mais de um mês, interrompeu o ciclo de alta da Selic e manteve a taxa de juros em 13,75%. A decisão não foi unânime.
Para Raone Costa, economista-chefe da Alphatree Capital, o cenário não evoluiu de forma significativa “nem para um lado, nem para o outro” desde a última reunião. Segundo ele, sem notícias novas, o Copom não deve mudar seu plano de voo, de esperar as próximas novidades.
“Esperamos por aqui a manutenção da taxa de 13,75% sem nenhum tipo de mudança relevante, comunicando que a taxa deve ficar constante por mais um tempo. E que, não necessariamente, o próximo movimento vai ser de queda, já que vai depender da evolução dos dados”, afirmou Costa.
Francisco Levy, estrategista-chefe da Empiricus Investimentos, acredita que o comunicado do BC não deve trazer muito ânimo ao mercado.
“As inflações ainda estão desancoradas nas expectativas dos agentes, precisam de ancoragem, então não pode vir com um discurso muito frouxe”, afirma.
Para ele, é uma manutenção de juros com discurso de cautela, já que o ambiente externo segue “complexo e inflacionário”.
O Itaú também avalia que não houve grandes mudanças nas perspectivas de inflação ou no cenário de risco e as próprias projeções do BC não devem ter variado muito. “Mais adiante, continuamos esperando por uma queda na Selic, mas apenas no segundo semestre de 2023, para 11%”, diz o comunicado.
Temporada de balanços
No cenário corporativo, a temporada de balanços ganha ritmo e diversos resultados trimestrais começam a ser divulgados com mais intensidade na terça-feira (25). Entre os destaques desta semana estão Vale (#VALE3), Santander (SANB11), Weg (WEGE3), Klabin (KLBN11), entre outros.
Os números mais aguardados da temporada de resultados nos Estados Unidos vêm à tona esta semana. Depois que Netflix (NFLX34) surpreendeu os investidores positivamente, com lucro acima das projeções do mercado, as atenções se voltam agora para outras big techs.
Microsoft (MSFT34) e Alphabet, dona do Google (GOGL34), vão divulgar resultados na terça-feira (25). No dia seguinte (26), saem os números da Meta (M1TA34), controladora do Facebook. E na quinta-feira (27) é a vez da Apple (AAPL34) e Amazon (AMZO34) divulgarem seus balanços trimestrais.
Além das empresas de tecnologia, a agenda de balanços também tem como destaque os números de Coca-Cola (na terça-feira) e Mc Donald’s (na quinta).
A temporada de resultados do terceiro trimestre nos Estados Unidos até agora tem sido melhor do que se esperava e tem ajudado a impulsionar as Bolsas em Wall Street.
O fim da corrida eleitoral
A semana ainda marca os últimos segundos da corrida eleitoral, com a decisão do segundo turno para a disputa presidencial – e de 12 governadores – no próximo domingo, dia 30 de outubro, com o embate muito apertado entre os presidenciáveis Lula (PT) e Bolsonaro (PL).
Ainda hoje o IPEC divulga os dados da última pesquisa eleitoral antes das eleições.
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