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Dívida do Brasil subirá para 95% do PIB, dizem analistas

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A relação dívida/PIB, chegou ao nível mais alto desde outubro de 2021.

Em avaliações feitas por economistas, a dívida bruta do governo geral subirá 20 pontos porcentuais nos próximos dez anos, indo para 95% do PIB até 2033, e o governo será forçado a mudar a meta de resultado primário do próximo ano.

Os analistas ainda disseram que, a política fiscal do governo Lula como um “feijão com arroz”, ou seja, apenas o básico para evitar que o país entre em uma nova crise.

“A dívida pública deverá crescer dos 74,4% do PIB, ao término de 2023, para 95% do PIB, em 2033, sem que se vislumbre um patamar de estabilidade. A revisão recente das taxas de juros, em parte ocasionada pela própria situação fiscal, agrava essa trajetória”, escreveram os economistas em relatório obtido com exclusividade pelo Estadão.

Governo Lula registra rombo de R$ 9,3 bilhões no mês de Julho

Na última quinta-feira (05), o Tesouro informou que as contas do governo central, que engloba Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registraram um rombo de R$ 9,3 bilhões em julho deste ano.

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O resultado é 75,3%, em termos reais, um número menor que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando o déficit primário foi de R$ 35,9 bilhões.

No acumulado do ano, o rombo já chega a R$ 77,8 bilhões, 5,2% menor em termos reais que o registrado no mesmo período de 2023, em que o valor ficou deficitário em R$ 79,1 bilhões.

A volta do recolhimento de tributos no Rio Grande do Sul também impactou os resultados.

Rombo Fiscal: despesas do Governo crescerão 2,5% acima da inflação em 2025

As despesas do governo federal crescerão 2,5% acima da inflação em 2025, prevê o projeto de lei do Orçamento do próximo ano, enviado nesta sexta-feira (30) ao Congresso Nacional. A expansão equivale ao teto de 2,5% de crescimento real (acima da inflação) definido pelo novo arcabouço fiscal.

O marco fiscal permite que as despesas cresçam acima da inflação, dentro de uma banda entre 0,6% e 2,5%. O percentual de crescimento real (acima da inflação) está atrelado às receitas. Isso porque o novo marco fiscal estabelece que os gastos aumentem até 70% da alta real das receitas nos 12 meses terminados em junho do ano anterior ao do Orçamento. Para 2025, o período de cálculo da inflação valerá entre julho de 2023 e junho de 2024.

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Rombo Fiscal

Como o projeto do Orçamento prevê crescimento de 5,78% das receitas acima da inflação no próximo ano, o aumento real das despesas, ao aplicar o percentual de 70% do crescimento das receitas, ficaria em 4,04%. O novo teto limita a expansão a 2,5%.

Em valores absolutos, o projeto do Orçamento de 2025 prevê R$ 2,908 trilhões para as receitas primárias. Isso equivale a 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país). Por sua vez, as despesas primárias totais do Governo Central estão projetadas em R$ 2,386 trilhões (19,3% do PIB).


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