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A época de eleições representa um dos maiores riscos para o investidor. Afinal, antes da definição dos rumos das eleições, o investidor fica a mercê dos riscos do mercado, sem poder traçar um rumo de longo prazo para seus investimentos devido à incerteza de como a economia política irá definir os rumos do Brasil.
Mas este é o maior risco para a bolsa de valores brasileira? Não parece ser o caso segundo as mais recentes declarações da maior gestora de investimentos do mundo, a BlackRock.
O cenário atual tem sido desafiador para os investimentos no Brasil e no mundo, com alta dos juros e da inflação, e isso em meio à proximidade das eleições presidenciais. Mas não são esses fatores que têm mantido os estrategistas da BlackRock acordados à noite.
A maior preocupação é, na realidade, o baixo crescimento econômico estrutural do país, que tende a afetar os retornos no médio e longo prazo.
“Estamos preocupados com o fato de que muitas das decisões que precisam ser feitas para driblar esse baixo crescimento [no Brasil] não estão sendo tomadas. Muitas delas são difíceis, mas vemos que outras regiões têm conseguido manter a expansão da atividade – não só entre os emergentes, como também nos Estados Unidos”.
Axel Christensen, estrategista-chefe de investimentos para América Latina.
Segundo ele, com os investidores globais escolhendo onde vão direcionar seus recursos, o maior desafio – e não apenas no Brasil, mas também no México –, é como o país vai aumentar os níveis de crescimento.
“Há diversas oportunidades, mas estamos preocupados se vamos conseguir tirar proveito delas”.
Disse Christensen.
Afimou o mercado, referindo-se às oportunidades de investimento relacionadas ao combate às mudanças climáticas, por exemplo.
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