Na última quinta-feira, 18, o governador do estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, promoveu um anúncio sobre uma nova privatização, desta vez, da Corsan.
De acordo com anunciado, o processo de privatização da companhia estadual de saneamento (Corsan) deve ocorrer por Oferta Pública Inicial de ações, ou IPO. O informe sobre a retirada do Estado como controlador da companhia foi feito por redes sociais, mas deixou no ar a possibilidade da manutenção de cerca de 30% das ações.
Consoante o governador, esta é uma maneira de alavancar investimentos para o saneamento. Certamente o movimento acontece em um momento interessante, visto a necessidade das instituições estatais de levantarem fundos para sanar necessidades diversas.
Em que a privatização da Corsan implica?
Cabe destacar que, mais uma vez entrando em pauta esta privatização, algumas informações requerem ponderamento. Uma delas sobre a manutenção de uma grande parte das ações ainda pelo Estado. Este tópico pode não fazer da Corsan uma instituição sem vínculos com o governo em termos de decisões internas, o que se distancia do significado de “privatizar”.
Além disso, o Brasil possui um histórico complexo com estes processos envolvendo empresas de serviços básicos, como o saneamento. Este item é garantido por lei para todos os brasileiros, e seu custo ao consumidor precisa seguir baixo, o que tende a gerar margens estreitas para as empresas. A matemática é bem simples: Saneamento não é barato para a empresa, precisa chegar em todos os lugares, e deve ter custo acessível aos indivíduos. Ou seja, sustentar este negócio pode ser um desafio!
Em suma, os caminhos até a privatização precisam passar por uma Proposta de Emenda à Constituição do Estado, que requer aprovação. Em um processo agilizado, Eduardo Leite informou a já existência da PEC, que está em trâmite na Assembleia Legislativa.
Por fim, entre efeitos positivos esperados com a privatização da Corsan, estão investimentos de R$ 10 bilhões na universalização dos serviços de água e esgoto. Além disso, a geração de novos empregos pode contribuir com os avanços econômicos regionais.
NÃO DURMA NO PONTO!
Receba as notícias mais quentes do mercado em primeira mão no seu Telegram:
ATIVAR AGORA!
Nossas redes: