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Você sabe utilizar ETFs para proteger seus investimentos? As estratégias de Hedge são um dos principais pontos que separam os “homens dos meninos” no mercado de capitais, sendo uma importante estratégia de proteção (e de rentabilidade) para seus investimentos.
No entanto, estar atento a como utilizar essa estratégia não é uma tarefa fácil. Mas não se preocupe, pois nós do Investir Global trazemos para você algumas dicas de como otimizar sua relação de risco x retorno no mercado internacional!
O que é um hedge?
Primeiramente, antes de entrarmos em como utilizar o hedge na prática, precisamos que você tenha uma resposta na ponta da lingua: o que é um hedge?
Hedge é uma estratégia de proteção no mundo das finanças, e consiste em trazer para sua carteira, ativos que possuam correlação opostas.
Parece complicado, mas calma que vamos entender melhor. Pense em um seguinte cenário (este que inclusive está acontecendo atualmente). Com a recente alta do Petróleo, ações do setor tiveram movimentos distintos. Enquanto ações de petroleiras dispararam, ações de companhias que levam o preço do Petróleo em seus custos, (como as aéreas) sofreram bastante.
Ou seja, o primeiro ativo reage positivamente a alta de seu indicador, enquanto o segundo faz um movimento oposto. A lógica do Hedge é possuir os dois ativos na carteira para manter seus investimentos seguros em todos os cenários.
Afinal, a alta de um compensa a perca do outro. E alguns ETFs americanos buscam otimizar esta relação.
Como investir em Hedge com ETFs?
Uma das primeiras coisas que você deve fazer quando o mercado começa a mostrar sinais de fraqueza interna é procurar áreas do mercado que foram ignoradas durante a fase de rali.
Setores e grupos industriais de menor desempenho muitas vezes (embora nem sempre) se tornam os novos líderes uma vez que uma correção de mercado terminou à medida que os investidores institucionais normalmente buscam ações fora de favor para girar. E se esses setores ignorados forem de natureza defensiva, aumenta as chances de que tais ações se reúnam durante — ou imediatamente após — uma queda no mercado.
Neste sentido, 4 setores se destacam em cenários de crise: Utilidades, Consumo, Ouro e Tesouro.
O setor de utilidades conta com ações americanas de companhias essenciais: Energia, água, eletricidade. São elementos básicos da economia, e não sofrem muito com tempos de crise. Na esteira de uma correção de mercado de 13% do início do ano até o início de março (foi mais de 20% na Nasdaq, uma queda de mercado de boa fé), as ações de serviços públicos começaram a mostrar sinais reais de vida finalmente. Uma forma de se expor a esse ressurgimento sem o risco aumentado de volatilidade da propriedade de ações individuais é através do ETF do Setor De Utilidades Select SPDR (XLU). Este ETF também paga um dividendo, e o fundo subiu mais de 8% no último mês
Por outro lado, o setor de consumo, assim como utilidade não se abala em tempos ruins. Alimentos, bens de consumo, pasta de dente… independentemente do que aconteça, estes itens estão sendo vendidos.
Ademais, os investimentos em ouro são o modo mais “clássico” de proteção nos investimentos. O ouro é uma reserva natural de valor, e que desempenha muito bem em crises. Por fim, outro mercado movido a medo são os títulos do Tesouro dos EUA, que normalmente estão em alta demanda durante períodos de maior volatilidade do mercado de ações.
Os melhores ETFs defensivos para 2022
Empresa | Setor | Ticker |
---|---|---|
ETF do Setor De Utilidades Select SPDR | Utilidades | XLU |
Consumer Staples Select Sector SPDR Fund | Consumo | XLP |
iShares Gold Trust | Ouro | IAU |
Vanguard Extended Duration ETF | Tesouro | EDV |
Os ETFs aqui discutidos devem ser capazes de se beneficiar de um ambiente de mercado orientado pelo medo. Com as ações parecendo recuar novamente, talvez a caminho de retestar suas baixas em meados de março, os investidores devem esperar que esses ETFs defensivos mostrem força relativa em comparação com as principais médias.

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