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Exportações brasileiras para os EUA batem recorde no 1º trimestre, aponta Amcham

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As exportações brasileiras para os EUA atingiram o recorde US$ 8,7 bilhões no 1º trimestre de 2023, revela análise inédita da Amcham Brasil. O Monitor do Comércio Brasil-EUA, elaborado pela entidade, indica um aumento de 9% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado representa quase o dobro da taxa de crescimento das exportações brasileiras para o mundo (4,8%).

Por sua vez, as importações brasileiras vindas dos EUA foram de US$ 9,7 bilhões, um recuo de 15,4% em relação a 2022, explicado sobretudo pelas compras de gás natural. No início de 2022, o Brasil havia importado US$ 2,1 bilhões de gás natural dos EUA para abastecer suas termoelétricas em razão da crise hídrica. A importação desse produto não se repetiu no 1º trimestre de 2023.

Segundo o CEO da Amcham Brasil, Abrão Neto, “o comércio bilateral continua com um desempenho muito favorável. As exportações brasileiras seguem crescendo, na esteira do recorde registrado no ano passado. Já as importações tiveram aumentos expressivos em nove dos dez principais produtos da pauta, com a única exceção de petróleo e derivados.”

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O relatório destaca que a corrente bilateral de comércio foi a segunda maior da série histórica para um 1º trimestre, equivalente a US$ 17,9 bilhões. Esse valor é menor apenas àquele registrado no mesmo período de 2022.

A publicação também mostra uma forte alta na participação de bens industriais no comércio bilateral. A representatividade desses bens subiu de 79,9% para 84,6% nas exportações brasileiras e de 74,1% para 92,5% nas importações brasileiras, na comparação entre os 1º trimestres de 2022 e 2023.

DESTAQUE NAS EXPORTAÇÕES  

Houve alta em seis dos dez principais itens brasileiros exportados para os EUA, todos com crescimento em volume, sugerindo aquecimento na demanda norte-americana por produtos brasileiros.

Entre os principais aumentos, estão as vendas de semiacabados de ferro e aço (+25,5%) e de ferro-gusa (+53,6%). Também cresceram as exportações de celulose (+67,2%), equipamentos de engenharia civil (+40,7%) e sucos de frutas (+212,3%). Nesse último caso, impulsionada pela queda na produção de laranjas nos EUA, que sofreu com eventos climáticos e pragas.

“Destaca-se o incremento de 15,3% das exportações de produtos industriais do Brasil para os EUA neste 1º trimestre. O resultado foi quase US$ 1 bilhão a mais em vendas, o que fez com que o setor expandisse a sua participação na pauta exportadora brasileira”, comenta Abrão Neto.

DESTAQUE NAS IMPORTAÇÕES 

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Além da ausência de compras de gás natural norte-americano pelo Brasil, o que fez diminuir em mais de U$$ 2 bilhões o total das importações brasileiras, houve redução de US$ 543 milhões nas aquisições brasileiras de óleos combustíveis (-25,6%).

Todos os demais principais produtos importados pelo Brasil a partir dos EUA tiveram alta, com destaque para motores e máquinas não elétricos (16,6%), carvão (+22,4%), produtos químicos (ex: polímeros de etileno, +28,6% e químicos inorgânicos, +15,1%), e inseticidas e fungicidas (+49,2%). Essas trocas reforçam o forte perfil do comércio intrafirma e em cadeias de valor que caracteriza as trocas entre os dois países.

PRINCIPAIS MODAIS DE COMÉRCIO  

O Monitor da Amcham trouxe, pela primeira vez, os principais modais utilizados no comércio entre Brasil e EUA. A partir de ambos os países, a via marítima é o canal mais relevante de exportação. O modal aéreo fica em segundo lugar, tendo maior representatividade nas importações brasileiras (31,6%), sobretudo de bens de mais alto valor agregado, como medicamentos.

PREVISÃO PARA O ANO DE 2023  

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A previsão da Amcham para o ano de 2023 é que o comércio entre o Brasil e os EUA alcance valores próximos aos recordes históricos observados em 2022.

“O crescimento nas exportações e nas importações tem sido disseminado em vários produtos com participação relevante na pauta, o que deve contribuir para a vitalidade do comércio bilateral”, analisa o CEO da entidade.

A entidade avalia que cenário diferente deve ocorrer de forma importante apenas nas trocas de petróleo e derivados, principalmente gás natural, que tendem a não repetir o mesmo fôlego do ano passado.


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