Continua após o anúncio
O Credit Suisse cortou seu preço-alvo para as ações de Hapvida (HAPV3) em 43,1%, passando de R$ 16,70 para R$ 9,50, mas reiterou sua recomendação de compra, ao atualizar seu modelo e prever prejuízo de R$ 0,07 por ação para este ano, com ajustes limitados de tickets, pressões inflacionárias sobre os sinistros e crescimento orgânico difícil.
Os analistas Maurício Cepeda e Pedro Carabina escrevem que após a fusão com a NotreDame Intermédica, a amortização de intangíveis e a contabilização de programas de opções de ações provavelmente afetarão significativamente os resultados.
Na frente operacional, dizem os analistas, os tíquetes estão abaixo da inflação e dos sinistros, afetando negativamente o lucro bruto necessário para cobrir as despesas com vendas, gerais e administrativas ainda pré-sinergias e o elevado nível de despesas financeiras.
“Acreditamos que essa tendência desfavorável possa persistir nos próximos trimestres, dado o caráter anual dos reajustes de preços dos contratos, pressionando os ganhos no curto prazo, mas não afetando a tese de longo prazo”, escrevem eles.
Os analistas dizem ainda que as estimativas podem ser revisadas para cima com ajustes de tíquetes acima do esperado e com a recuperação mais rápida dos níveis históricos de crescimento orgânico. Por outro lado, os riscos para as perspectivas incluem persistência da acirrada competição entre os pagadores, limitando as passagens e elevando os índices de sinistralidade; novas pressões de utilização, acumulando-se sobre as inflacionárias; e perdas de beneficiários.
DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.