O Google anunciou nesta segunda-feira que investirá mais de meio bilhão de dólares na segunda maior empresa de comércio eletrônico da China, a JD.com.
Como parte de uma parceria estratégica, o Google colocará US$ 550 milhões como investimento na JD.com, disseram as empresas em comunicado. Em troca, o Google receberá mais de 27 milhões de ações ordinárias Classe J de JD.com recém-emitidas a um preço de emissão de US$ 20,29 por ação. A JD.com listou ações de sua empresa na bolsa americana Nasdaq pela primeira vez em 2014.
As duas empresas de tecnologia disseram que trabalharão juntas para desenvolver uma infra-estrutura de varejo que possa personalizar melhor a experiência de compra e reduzir o atrito em vários mercados, incluindo o Sudeste Asiático.
Por sua vez, a JD.com informou que planeja disponibilizar uma série de itens para venda em lugares como os EUA e a Europa através do Google Shopping – um serviço que permite aos usuários pesquisar produtos em sites de comércio eletrônico e comparar preços entre diferentes vendedores.
Quando os varejistas fazem parceria com o Google, isso dá visibilidade aos produtos e torna conveniente que os consumidores os comprem on-line. Para o gigante de tecnologia, seu serviço de compras é importante para ajudar a recuperar o mercado online de produtos que a Amazon tem conquistado e permanecer relevante no futuro do comércio eletrônico.
A parceria abriria um canal para a JD.com vender para consumidores fora da China, especialmente num momento em que as tensões comerciais entre Pequim e Washington são altas.
O fundador e CEO da JD.com, Richard Liu, disse recentemente à CNBC que uma guerra comercial seria “horrível” e que acabaria prejudicando muitas marcas americanas. Ele também disse que a atual incerteza deu à empresa uma pausa nos planos de expansão dos EUA.
A empresa chinesa de comércio eletrônico concorre agressivamente com a Alibaba, de Jack Ma, no enorme mercado de comércio eletrônico da China. Ambas as empresas investiram significativamente em tecnologia, varejo e logística para conquistar consumidores.
Por exemplo, a JD.com testou os serviços de entrega de drones para alcançar os consumidores rurais da China, mantendo o custo de logística relativamente baixo.
O e-commerce também tem o apoio de outro grande rival do Alibaba – a gigante chinesa de tecnologia Tencent, que está envolvida em áreas de negócios, incluindo redes sociais, pagamentos digitais e jogos. Ela também opera a maior plataforma de mensagens sociais da China, a WeChat.
A parceria da JD.com com a Tencent permite que a empresa de comércio eletrônico venda diretamente aos consumidores por meio do aplicativo WeChat.
Ao mesmo tempo, a JD.com também se uniu à gigante de varejo americana Walmart no setor de supermercados. Segundo a reportagem, a Walmart abriu um pequeno supermercado de alta tecnologia na China, onde os consumidores podem usar smartphones para pagar itens que estão disponíveis em sua loja virtual na plataforma online JD Daojia, uma afiliada da JD.com.
Fonte: www.cnbc.com
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