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Como investir no Exterior: Guia Completo

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Investir no exterior pode ser uma alternativa para diversificar a carteira. Mas para muitos aparenta ser complexo e custoso, saiba como investir no exterior sem gastar muito!

O Brasil passou por momentos em de instabilidade econômica. O que despertou em muitos a ideia de investir no exterior. Mesmo assim investir no exterior ainda não está na realidade da maioria dos Brasileiros.

Realmente é importante que você invista uma parcela de seu patrimônio em ativos no exterior. Visto que possuir uma reserva em uma moeda forte pode ser uma boa estratégia. Assim sobretudo quando o real está desvalorizado.

O mercado financeiro brasileiro oferece diferentes opções para investir no exterior. Porém, estes investimentos ainda são pouco conhecidos por boa parte dos brasileiros.

Por que investir no exterior?

Ainda que a maioria dos investimentos no exterior seja destinada aos chamados investidores mais experientes, existe também opções para investir com pouco dinheiro. São os fundos multimercados, que consiste em fundos geridos no Brasil com cotas de até 20% em fundos estrangeiros.

Antes de tomar uma decisão equivocada, você deve ter em mente sua estratégia no longo prazo e considerar o seu perfil como investidor.

Pois investir no exterior não é indicado para investidores mais conservadores, uma vez que o câmbio costuma ser bastante volátil.

Quais as vantagens de se investir no exterior?

Algo que beneficia quem quer investir no exterior é a possibilidade de poder investir em uma moeda forte.

Entretanto não estamos falando de qualquer país, por isso é importante acompanhar a economia do país de origem dos investimentos. Quando falamos de moeda forte, uma boa opção é dólar e Euro.

Outra opção são as Criptomoedas que tem crescido cada vez mais no cercado. É uma ótima oportunidade de se investir no exterior. Pois as Criptomoedas são ativos digitais e globais, que estão também ligados a uma moeda forte com dólar e Euro.

1. Carteira Diversificada

Diversificação é um dos conceitos mais importantes do mundo dos investimentos. Uma das vantagens de se investir no exterior é a valorização de outras moedas quando comparadas ao real.

Conhece aquela história de “nunca colocar todos os ovos na mesma cesta”? Manter uma parte dos seus recursos no exterior é uma excelente maneira de diversificar sua carteira e minimizar as perdas quando o real estiver desvalorizado.

2. Se beneficiar do crescimento da economia global

Outra vantagem de se investir no exterior, é aproveitar o crescimento da economia mundial.

O Brasil representa apenas 3% do PIB [Produto Interno Bruto] mundial. Se manter todos seus investimentos apenas no país de origem. Assim você deixa passar a oportunidade de aproveitar o crescimento dos outros países.

Sendo assim, você deve observar a economia mundial e avaliar a segurança de se investir em determinado país. Por exemplo, você investiria em um país em crise? Acredito que não.

Agora, se determinado país tem registrado um crescimento acelerado, seria uma opção para diversificar seus investimentos.

O que é preciso para investir no exterior?

Para investir em ativos estrangeiros, em alguns casos se faz necessário abrir uma conta em algum banco ou corretora no exterior ou que tenha sede no pais que deseja investir. Depois, basta fazer uma transferência dos recursos e aplicar nos ativos locais desejados.

É importante também ficar atento à algumas regras impostas pela legislação nacional e estrangeira.

Quando se aplica mais de US$ 100 mil no exterior é necessário notificar o Banco Central todos os anos dos seus rendimentos.

O valor também deve ser informado à Receita Federal, para o recolhimento dos impostos específicos.

Outra forma de investir no exterior é através dos fundos de investimentos.

Assim, não é necessário abrir conta no exterior, pois existem bancos e corretoras que adquirem cotas do fundo de investimento no exterior e repassam aos investidores.

Fundos de investimentos

Os fundos de investimentos com ativos no exterior são comercializados no Brasil. Estes tem uma parcela dos seus recursos alocados em ativos no território nacional e outra fora do país conforme a carteira do fundo.

Os fundos de ações são mais cômodos, pois é o gestor que faz a seleção dos ativos. É possível encontrar fundos com aporte mínimo de R$ 1 mil e taxas de administração variando entre 1,5 e 2,5% ao ano.

Exchanged Traded Funds (ETFs)

Os ETFs representam fundos de índices, ou seja, tem por objetivo acompanhar as taxas de retorno de um determinado índice.

Como no caso de ativos no exterior, pode-se adquirir um ETF que acompanhe o desempenho do S&P 500, índice com ações das 500 principais empresas dos Estados Unidos.

Como podem ser comprados ou vendidos na B3, a cotação é feita em reais e para adquiri-los só é necessário ter uma conta em qualquer corretora do Brasil.

Os ETFs são diversificados e tem baixo custo, sem contar que costumam ter uma taxa de administração inferior aos fundos de ações tradicionais.

Ademais, é importante que o investidor se atente as carteiras recomendadas de ETF’s para encontrar boas opções de compra.

Brazilian Depositary Receipts (BDRs)

Os BDRs são recibos de ações de empresas estrangeiras que são negociados pela Bolsa brasileira. Assim, não é necessário abrir uma conta para adquiri-los.

Com os BDRs, pode-se obter papéis de gigantes americanas, tais como a Apple, Facebook e Amazon.

Os recibos de grandes empresas estão reservados para os “investidores qualificados”, ou seja, que possuam mais de R$ 1 milhão investidos.

Porém, o pequeno investidor pode adquirir BDRs patrocinados por meio de fundos de investimento em Ações BDR. O aporte mínimo gira em torno de R$ 10 mil e taxa de 2,5 % ao ano.

Esses fundos também costumam cobrar taxa de performance, por isso, é importante pesquisar e comparar as taxas antes de investir.

Se atente também à flutuação cambial. Embora as operações sejam feitas em real, as cotações são em dólar.

Certificado de Operações Estruturadas (COE)

É possível investir no exterior também através de COE. Esse tipo de investimento combina elementos de Renda Fixa e Renda Variável, selecionados de acordo com o perfil de cada investidor e com retornos atrelados a ativos e índices.

Investir em Imóveis no Exterior

Investir em imóveis continua uma prática comum entre os brasileiros. Essa é também uma das formas de investir no exterior.

Porém, antes de comprar um imóvel, leve em consideração as exigências legais de cada país, como, por exemplo, os impostos, a legislação, os modelos de compra, entre outras.

Lembre-se também que o imposto de renda no Brasil precisa ser declarado. Se mais tarde decidir vender esse imóvel, pagará 15% sobre o valor em impostos para o Brasil.

Você também pode investir em empresas brasileiras e esse é um excelente momento, pois nossa bolsa está no meio do seu quinto super-ciclo de alta

Concluindo, brasileiro ainda é muito acomodado com questões financeiras e costuma acreditar em muitas mentiras sobre investimentos.

Muitos, talvez inclusive até você, nunca pensaram em investir uma parcela do seu patrimônio fora do Brasil.

Ou não pensavam nisso até a última disparada do dólar, entre 2014 e 2015.

Alguns consultores e educadores financeiros advogam contra o investimento no exterior e, como argumento, comentam sobre as nossas altas taxas de juros de renda fixa.

Sim, é verdade que vivemos em um país cujos títulos públicos oferecem uma das maiores taxas de juros real do mundo.

Se você observar, hoje há títulos públicos que prometem o pagamento de inflação + 6,0% em 20 anos (veja mais aqui).

Mas é bem verdade, também, que uma internacionalização dos investimentos traz ao investidor muitos benefícios que são pouco comentados.

Por fim, há diversas maneiras de se investir no exterior. O que o investidor não pode fazer é ficar sem usar nenhuma delas.

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