- Valorização das Ações: As ações do Inter subiram 5,4% após o JP Morgan elevar sua recomendação de ‘neutro’ para ‘compra’
- Ajuste de Preço-Alvo: O JP Morgan aumentou o preço-alvo das ações do Inter de US$ 7,50 para US$ 8,50. Assim, indicando um potencial de valorização de 30% em relação ao preço atual
- Novos Produtos e Rentabilidade: O banco espera que o Inter aumente sua rentabilidade com a introdução do PIX Finance. Dessa forma, prevendo receitas de R$ 700 mi até o fim do ano, mas com uma taxa de inadimplência esperada de 6%
As ações do Inter tiveram uma valorização significativa de 5,4% nesta quarta-feira (9), impulsionadas pela elevação de recomendação do JP Morgan, que passou de ‘neutro’ para ‘compra’. Essa mudança de posição acontece em um momento em que as ações do banco enfrentaram uma correção de quase 20% nos últimos 30 dias. Assim, refletindo a volatilidade do mercado.
Embora o JP Morgan tenha expressado dúvidas sobre a capacidade do Inter de atingir suas ambiciosas metas do plano 60-30-30 — que visa atingir 60 milhões de clientes, um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 30% e uma taxa de eficiência de 30% até 2027 — a instituição ajustou seu preço-alvo para as ações do banco, aumentando de US$ 7,50 para US$ 8,50. Essa nova avaliação implica um potencial de valorização de 30% em relação ao preço atual das ações.
“Em nosso modelo, incorporamos um ROE de 20% para o Inter em 2027,” apontou o analista.
“Embora o plano tenha sido elaborado antes da introdução de novos produtos, ainda assim temos dificuldade em atingir esses números.”
O analista Yuri Fernandes destaca que o Inter deve continuar a aprimorar sua rentabilidade por meio de reprecificações e introdução de novos produtos de crédito. Ele também prevê uma alavancagem operacional mais eficiente, com as receitas do banco apresentando um crescimento composto anual (CAGR) de 38% entre 2024 e 2026, enquanto o aumento das despesas deve ser contido, não ultrapassando dois dígitos no mesmo período.
Projeção de lucro
O banco projeta que o lucro por ação do Inter crescerá a uma taxa média de aproximadamente 40% até 2027. Atualmente, a instituição financeira avalia que as ações do Inter estão sendo negociadas a 10 vezes o lucro estimado para 2025 e a 1,7 vezes o valor patrimonial neste ano.
Apesar do otimismo em relação à trajetória de crescimento do Inter, o JP Morgan continua a expressar ceticismo em relação à meta de 30% de ROE para 2027. Um dos produtos inovadores que o Inter está implementando é o PIX Finance. No caso, que permite pagamentos via PIX usando o cartão do banco, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. Este serviço tem ganhado destaque na estratégia do Inter. Ainda, com estimativas de que alcance R$ 700 milhões até o final deste ano e R$ 1,5 bilhão em 2025.
“Estimamos que esse pode ser um produto com ROE de 70% a 80%, o que é ótimo, mas dado o tamanho reduzido dessa carteira, tende a ser menos material para a lucratividade esperada pelo Inter,” escreveu Inter. “Não é uma solução milagrosa.”
No entanto, o banco também prevê que o PIX Finance terá um aumento nas perdas, estimando uma taxa de inadimplência de 6% em comparação aos 5,5% do cartão de crédito atualmente. Essa expectativa reflete os desafios que o Inter pode enfrentar à medida que expande sua oferta de produtos financeiros em um mercado competitivo.
“Embora esperemos provisões mais altas, também esperamos que as margens compensem e prevemos que o NIM ajustado ao risco continue se expandindo sequencialmente.”