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Bitcoin em alta: É bom momento para investir?

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O mercado de criptomoedas tem mostrado sua capacidade de surpreender investidores e entusiastas ao redor do mundo. E o Bitcoin, como a principal criptomoeda do mercado, é muitas vezes o foco dessas mudanças.

Com a recente valorização do Bitcoin, muitos se perguntam: é um bom momento para investir no token?

Motivos da alta do Bitcoin

Em 2024, o Bitcoin experimentou uma grande valorização, chegando a ultrapassar a marca dos R$ 575 mil no Brasil. Um dos motivos desse aumento é a adoção institucional que é cada vez maior. Grandes empresas e instituições financeiras voltaram a mostrar interesse pelo mercado cripto.

Em outubro de 2024, por exemplo, o BlackRock, um dos maiores gestores de ativos do mundo, reafirmou seu comprometimento com a criptoeconomia ao anunciar planos de lançar um ETF de Bitcoin. Esse tipo de notícia impulsiona o mercado e gera confiança entre investidores.

Grandes instituições financeiras, como o Banco do Brasil e o BTG Pactual, também têm mostrado interesse em incluir criptomoedas em suas carteiras de investimento. Em 2024, o BTG Pactual lançou seu próprio fundo de Bitcoin. Essa ação acabou atraindo investidores que buscam diversificar suas carteiras e, ao mesmo tempo, se proteger contra a inflação, promovendo a legitimação do Bitcoin no país.

Embora existam muitos projetos de criptomoedas, alguns muito inovadores, o Bitcoin ainda é a principal em todos os mercados. Um grande atrativo, e fator de valorização, é a escassez controlada e o Halving. O Bitcoin é conhecido por sua oferta limitada de 21 milhões de unidades, e o Halving (evento que reduz à metade a quantidade de novos Bitcoins minerados) estimula a demanda.

O próprio surgimento de novas criptomoedas afeta o token, já que o mercado fica cada vez mais competitivo. E as taxas de juros unida a volatilidade dos mercados tradicionais também impactam o valor do Bitcoin.

A busca por alternativas a investimentos tradicionais, como ouro e títulos públicos, tem levado muitos investidores a escolherem o Bitcoin como uma reserva de valor e proteção contra inflação.

É um bom momento para investir?

Investir em Bitcoin é uma decisão complexa e envolve a consideração de diferentes fatores, como tolerância ao risco, horizonte de investimento e conhecimento do mercado cripto, por exemplo.

O token está próximo de atingir os $100.000 dólares, um novo record, aliás. E muitos especialistas apontam que o preço do Bitcoin pode continuar sua tendência de alta.

Um relatório mais recente da gestora Bernstein, publicado em novembro de 2024, sugere que o Bitcoin pode atingir a marca de US$ 200 mil até o final de 2025, caso as condições macroeconômicas se mantenham favoráveis.

O Bitcoin recebe comparações ao ouro, tendo a alcunha de ouro digital. Além disso, em um período de incerteza econômica, o BTC acaba virando uma forma de diversificar investimentos e proteger o patrimônio contra a inflação.

No Brasil, com a taxa de inflação registrando 4,76% em 2024, segundo dados do IBGE, muitos veem o Bitcoin como uma alternativa para proteger o poder de compra.

No entanto, o mercado de criptomoedas é muito volátil e o valor do Bitcoin pode sofrer grandes variações em um curto período de tempo. Em agosto de 2024, por exemplo, o preço do Bitcoin chegou a cair mais de 10% em poucos dias.

Outro fator de risco é a regulamentação. Recentemente, o Banco Central do Brasil discutiu a possibilidade de novas regras para transações com criptomoedas, o que pode impactar o mercado. Embora a regulamentação possa aumentar a segurança e transparência, também pode limitar o uso e reduzir o apelo especulativo das criptos.

Em 22 de dezembro de 2022, entrou em vigor a Lei nº 14.478/2022, que estabelece diretrizes para a prestação de serviços de ativos virtuais no Brasil. Posteriormente, em junho de 2023, o Banco Central do Brasil foi designado como a autoridade responsável por regulamentar e monitorar o mercado de criptomoedas no país.

Em novembro de 2024, o Banco Central lançou a segunda fase de consulta pública sobre a regulamentação das criptomoedas. Nesse caso, abordando a prestação de serviços de ativos virtuais e o respectivo processo de autorização.

Além disso, para 2025, o Banco Central planeja regulamentar as stablecoins e a tokenização de ativos, conforme anunciado pelo presidente da instituição, Roberto Campos Neto.

O uso da blockchain para a tokenização de ativos imobiliários, por exemplo, é uma tendência no Brasil. Isso significa que propriedades podem ser divididas em “tokens” digitais, permitindo que várias pessoas sejam coproprietárias de um imóvel. O Mercado Bitcoin, uma das maiores exchanges do Brasil, já está oferecendo essa modalidade para investidores.

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