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Bolsonaro nega envolvimento em plano de golpe e assassinato: “Isso nunca aconteceu”

Ex-presidente se defende das acusações e afirma que jamais compactuaria com qualquer tentativa de golpe ou violência contra autoridades.

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  • O ex-presidente Jair Bolsonaro nega qualquer participação em um suposto plano de golpe de Estado e assassinato de autoridades, afirmando que nunca discutiu tais ações
  • A Polícia Federal indiciou Bolsonaro por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa, junto a outros aliados
  • A PF encaminhou o relatório ao STF, e a Procuradoria-Geral da República agora decide sobre a apresentação da denúncia e possíveis novas diligências

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), um dos 37 indiciados pela Polícia Federal (PF) no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil, voltou a negar as acusações de envolvimento em qualquer plano para matar autoridades, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. As alegações surgiram a partir da Operação Contragolpe, deflagrada na última terça-feira (19), que levou à prisão de quatro militares e um policial federal.

Em entrevista à revista Veja, Bolsonaro se defendeu, afirmando que não tinha nenhum envolvimento com os supostos planos de assassinato revelados pela PF. “Lá na Presidência, havia mais ou menos 3 mil pessoas naquele prédio. Se um cara bola um negócio qualquer, o que eu tenho a ver com isso? Discutir comigo um plano para matar alguém? Isso nunca aconteceu”, disse o ex-presidente. Bolsonaro fez questão de reforçar que nunca teria endossado qualquer plano violento ou ilegal, afirmando que, se alguém discutiu essas ações com ele, não houve qualquer participação de sua parte.

Negoua a adesão

O ex-presidente também se mostrou enfático ao negar a adesão a qualquer tentativa de golpe de Estado. “Eu jamais compactuaria com qualquer plano para dar um golpe. Quando falavam comigo, era sempre para usar o estado de sítio, algo constitucional, que dependeria do aval do Congresso”, afirmou Bolsonaro. Ele esclareceu que, ao longo de seu governo, qualquer proposta de intervenção dependeria da aprovação do Congresso Nacional, e nunca teria incentivado um golpe fora dos parâmetros legais.

A PF indiciou Bolsonaro por três crimes graves: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. Junto com ele, outros nomes de destaque, como os generais Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, também foram indiciados. O relatório final da PF, com mais de 800 páginas, foi concluído na quinta-feira (21) e enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Novas diligências

O caso segue com grande repercussão, uma vez que o conteúdo do inquérito será compartilhado com a Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se apresentará ou não uma denúncia formal contra os investigados. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também pode pedir novas diligências, caso julgue necessário. A expectativa é que a decisão da PGR seja tomada nos próximos meses, o que poderá gerar novos desdobramentos no caso que envolve altos nomes do governo anterior e suas alegadas tentativas de subverter a ordem constitucional.

Por enquanto, a população aguarda a continuidade do processo e a formalização das acusações, enquanto a defesa de Bolsonaro segue tentando esclarecer as acusações de envolvimento no suposto plano de golpe. Se a denúncia for formalizada, a questão deverá ser tratada pelo STF, que decidirá os rumos do caso, levando em consideração as evidências e a gravidade das acusações contra o ex-presidente e seus aliados.

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