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Candidatos pró-Bitcoin não são eleitos vereadores em São Paulo

Candidatos pró-Bitcoin Raphaël Lima e Paulo Kogos disputam vaga de vereador em São Paulo, mas não se elegem.

Raphael Lima 1
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Dois candidatos a vereador de São Paulo, conhecidos por apoiar publicamente o Bitcoin e defender pautas libertárias, não conseguiram se eleger nas eleições municipais de 2024. Raphaël Lima, candidato pelo partido NOVO, e Paulo Kogos, do União Brasil, tiveram suas primeiras experiências como candidatos a vereador na maior cidade do Brasil, mas não alcançaram o número de votos necessários para garantir uma cadeira entre as 55 disponíveis na Câmara Municipal de São Paulo.

Raphaël Lima, criador do canal Ideias Radicais no YouTube, com mais de 800 mil seguidores, se candidatou utilizando o número 30.777 pelo partido NOVO, sob o slogan “SP para cima”. Defensor de pautas libertárias e da economia descentralizada, Lima obteve 21.704 votos, o que o posicionou como o segundo mais votado de seu partido. Embora não tenha sido eleito, ele se tornou o primeiro suplente do NOVO, ficando atrás apenas da vereadora reeleita Cris Monteiro, que obteve 56.899 votos.

Lima, ao reconhecer o resultado, compartilhou uma mensagem de agradecimento nas redes sociais, direcionada a seus apoiadores: “É, não deu. Ainda assim, foram quase 22 mil pessoas que confiaram em mim, e tenho uma responsabilidade com todos vocês… Tenho muito a aprender e a refazer.” Ele também afirmou que continuará trabalhando para espalhar as ideias de liberdade pelo Brasil e parabenizou Cris Monteiro por sua vitória. Lima destacou a importância do avanço do partido NOVO, que conseguiu eleger mais prefeitos e vereadores em São Paulo, o que ele vê como uma oportunidade de ampliar as discussões sobre liberdade no estado.

Paulo Kogos, outro defensor do Bitcoin e candidato a vereador por São Paulo, disputou a eleição pelo partido União Brasil, conhecido por sua base de apoio ao prefeito Ricardo Nunes, que concorrerá no segundo turno das eleições contra Guilherme Boulos (PSOL). Kogos, que também defende pautas libertárias e tem uma presença expressiva nas redes sociais, recebeu 11.263 votos. Seu partido conquistou 7 cadeiras na Câmara Municipal, mas Kogos não foi eleito. Entre os eleitos pelo União Brasil está Amanda Vettorazzo, ligada ao Movimento Brasil Livre (MBL). Até o momento, Kogos não se manifestou publicamente sobre o resultado nas urnas.

A cidade de São Paulo contou com uma disputa acirrada para o cargo de vereador, com 1.016 candidatos concorrendo às 55 cadeiras, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As eleições também incluíram 10 candidatos ao cargo de prefeito. No segundo turno, marcado para o dia 27 de outubro de 2024, Ricardo Nunes, do MDB, enfrentará Guilherme Boulos, do PSOL, em uma disputa que promete ser igualmente competitiva.

A Lei Eleitoral Brasileira exige que partidos atinjam um quociente eleitoral para eleger vereadores. Mesmo com o bom número de votos para uma primeira candidatura, tanto Raphaël Lima quanto Paulo Kogos não conseguiram alcançar o quociente necessário. A campanha de Lima teve destaque por seu forte engajamento nas redes sociais, onde ele compartilhou ideias sobre economia livre e descentralização, temas que atraem cada vez mais jovens e defensores das criptomoedas. Apesar de não terem sido eleitos, ambos os candidatos mostraram força política para continuar na corrida em futuras eleições.

Em termos de popularidade, as criptomoedas, como o Bitcoin, continuam ganhando espaço no Brasil, e candidatos como Lima e Kogos têm contribuído para trazer o tema à tona em debates eleitorais. Para os próximos anos, é provável que o apoio a ativos digitais e à economia descentralizada continue a crescer, especialmente à medida que mais brasileiros aderem ao uso de criptomoedas como alternativa ao sistema financeiro tradicional.