Em um comunicado recente, a corretora SuperEx, vinculada à criptomoeda Beefund, exigiu que investidores transfiram o equivalente a 10 USDT (cerca de R$ 50) para desbloquear seus tokens BEEB. A SuperEx afirmou que apenas os investidores que realizarem a transferência até o dia 30 de outubro poderão acessar os tokens, com o plano de desbloqueio começando em 1º de novembro. A exigência de um depósito adicional e o bloqueio dos saques desde o início de outubro levantam suspeitas de pirâmide financeira.
Exigências e comunicação levantam suspeitas de fraude
O comunicado da SuperEx foi feito através do Telegram, onde instruiu os investidores da Beefund a realizarem uma transferência interna para o UID especificado. A mensagem foi interpretada como uma tática de urgência por muitos, um método geralmente associado a esquemas fraudulentos para pressionar investidores.
A corretora descentralizada, relativamente desconhecida no Brasil, afirma ser “parceira de renome internacional”, mas oferece pouca transparência sobre sua estrutura e equipe. Segundo a Livecoins, o site tentou contato com a SuperEx, mas não obteve resposta, reforçando as preocupações sobre a legitimidade do comunicado.
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Depósitos bloqueados e saques não honrados
Desde o dia 20 de outubro de 2024, a Beefund passou a obrigar seus investidores a aceitarem uma criptomoeda própria, o token BEEB, que ainda não possui valor de mercado. Além disso, a empresa GTEX, responsável pela Beefund, tem negado saques desde o início do mês, com investidores relatando dificuldades em obter retorno.
Na plataforma Reclame Aqui, investidores denunciam problemas frequentes: depósitos realizados por meio de Pix não aparecem no saldo, e os saques permanecem bloqueados sem explicação. Em um dos relatos, um investidor de Salvador (BA) afirmou que tenta sacar desde o dia 3 de outubro sem sucesso.
Promessas irreais e falta de transparência aumentam o risco de pirâmide
A Beefund surgiu oferecendo retornos atrativos, prometendo 900% em 180 dias — uma promessa incomum e alarmante no mercado financeiro, frequentemente associada a esquemas de pirâmide. A falta de informações concretas sobre os responsáveis pela plataforma, associada à recusa de saques, aumenta a preocupação entre os investidores e chama a atenção para possíveis práticas fraudulentas.
