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Hypera enfrenta crise: ações despencam 15% após reavaliação de produtos

A farmacêutica anunciou mudanças significativas na gestão de capital e cancelou seu guidance para 2024, impactando negativamente o mercado.

hypera marcas
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  • Queda das ações: As ações da Hypera (HYPE3) despencaram 17% após o anúncio de mudanças na gestão e a descontinuação do guidance para 2024
  • Nova estratégia: A empresa implementará uma abordagem mais rigorosa nos prazos de pagamento, visando gerar R$ 2,5 bilhões em caixa adicional até 2028
  • Impacto negativo: Analistas do XP e Goldman Sachs projetam um impacto considerável nas receitas e lucros, com uma queda de 30% nas previsões de EBITDA
  • Reações mistas: Enquanto alguns bancos, como o Bradesco BBI, veem a estratégia como positiva, outros, como o Morgan Stanley, expressam preocupações sobre o crescimento futuro da empresa

Na última sexta-feira (18), a Hypera (HYPE3) anunciou uma série de mudanças significativas que impactaram negativamente suas ações. A companhia farmacêutica decidiu implementar um processo de melhoria do capital de giro. E, contudo, cancelou seu guidance para 2024, além de divulgar uma prévia de resultados para o terceiro trimestre de 2024. Como resultado, as ações da empresa despencaram. Com uma queda inicial de 17,37% e um leilão subsequente, refletindo a preocupação do mercado.

No comunicado, a Hypera destacou que adotará uma abordagem mais rigorosa quanto aos prazos de pagamento aos clientes, com a meta de gerar um caixa adicional de R$ 2,5 bilhões até 2028. As projeções preliminares para o terceiro trimestre indicaram receitas e lucros muito abaixo das expectativas, levando a uma reavaliação das estimativas de lucro e EBITDA para os próximos períodos.

Analistas do XP e do Goldman Sachs consideraram as medidas adotadas como negativas, prevendo um impacto considerável na receita e nos lucros da empresa. O Goldman Sachs, em particular, expressou ceticismo quanto à capacidade da Hypera de cumprir suas orientações, destacando uma queda de 30% nas previsões de EBITDA em relação ao consenso do mercado. A mudança de estratégia, embora vista como necessária para melhorar o fluxo de caixa, pode resultar em uma desancoragem das estimativas para 2025.

Recomendação neutra

Por outro lado, o Bradesco BBI classificou as notícias como em geral positivas, mas manteve uma recomendação neutra devido ao momentum negativo dos lucros e riscos de execução. O banco elevou seu preço-alvo para 2025, embora tenha reduzido suas expectativas de lucro líquido para 2025 e 2026.

JPMorgan e Morgan Stanley também expressaram opiniões mistas sobre as notícias, com o JPMorgan apontando para um foco maior em crescimento sustentável. Enquanto, o Morgan Stanley alertou sobre potenciais desafios no crescimento futuro. Apesar das incertezas, o JPMorgan manteve uma recomendação de compra, citando o sólido potencial de valorização intrínseca das ações.

“Embora inconsistente com uma empresa farmacêutica que se beneficia do crescimento estrutural positivo, os múltiplos atuais já parecem abranger os riscos da empresa e algumas das revisões negativas que este anúncio pode causar”, destaca Morgan Stanley.

Em resumo, as recentes mudanças na Hypera levantaram preocupações sobre sua saúde financeira. Além da capacidade de gerar lucros no curto prazo. Contudo, levando os analistas a reavaliar suas projeções e recomendações para as ações da empresa.

A empresa

A Hypera é uma das principais empresas farmacêuticas do Brasil, conhecida por desenvolver, fabricar e comercializar uma ampla gama de produtos de saúde e bem-estar. A empresa atua em diversas categorias, incluindo medicamentos prescritos, genéricos, medicamentos de venda livre e produtos de cuidados pessoais.

Além de sua forte presença no mercado brasileiro, a Hypera tem buscado expandir sua atuação internacionalmente. A empresa é reconhecida por suas marcas populares e investe continuamente em pesquisa e desenvolvimento para inovar e atender às necessidades dos consumidores.

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