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Polícia Federal investiga presidente do PRTB por ameaças a ex-vice

Inquérito apura denúncias de violência política contra Rachel de Carvalho, liderada pelo conhecido "Leonardo Avalanche".

leonardo avalanche com pablo marcal / (Imagem: Reprodução/Instagram)
leonardo avalanche com pablo marcal / (Imagem: Reprodução/Instagram)
  • A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar Leonardo Avalanche, presidente do PRTB, por suspeitas de ameaça e violência política
  • Rachel alegou que Avalanche a intimidou ao afirmar ter ligações com figuras do Judiciário e do crime organizado
  • As acusações de violência política e ameaça podem resultar em penas de três anos e meio a oito anos de reclusão, além de multa
  • O caso destaca preocupações sobre a segurança e a integridade no ambiente político brasileiro

A Polícia Federal (PF) deu início a um inquérito para apurar as acusações de ameaça e violência política envolvendo Leonardo Alves de Araújo, conhecido como Leonardo Avalanche. Presidente do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB). As investigações começaram após Rachel de Carvalho, a ex-vice-presidente do partido, denunciar que foi alvo de intimidações por Avalanche.

O delegado Renato Pereira de Oliveira conduz o inquérito, que foi formalmente instaurado no início da semana e notificado à Justiça Eleitoral. Rachel de Carvalho, que já havia protocolado uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) visando destituir Avalanche da liderança do partido, argumentou que as ameaças que recebeu foram graves. Dessa forma, o suficiente para justificar sua saída. No entanto, a ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, rejeitou liminarmente o pedido em agosto.

De acordo com a ação apresentada, Avalanche teria feito declarações ameaçadoras, afirmando ter conexões com figuras influentes no Judiciário e até mesmo com o crime organizado. Contudo, o que, segundo Rachel, levantou preocupações sobre sua segurança e a de sua família. Em suas alegações, a ex-vice-presidente menciona um diálogo em que Avalanche teria explicitamente feito ameaças. Ainda, reforçando a gravidade da situação.

 “Você ainda não me conhece, não seja um obstáculo no meu caminho, eu sou um cara calmo, não saio do controle, você pode esbravejar, pode me xingar, jamais vou discutir com você, mas quando você receber uma ligação dizendo ‘pega tua vara e vai pescar’, você já pode despedir de seus familiares porque você vai morrer”, diz trecho do documento juntado ao inquérito da PF.

Acusações de violência política e ameaças

As acusações de violência política e ameaça estão tipificadas no Código Penal, com penas que podem variar de três anos e seis meses até oito anos de reclusão. Isto, além de multas. Recentemente, um boletim de ocorrência registrado por uma advogada em Brasília contra Avalanche também veio à tona. Dessa forma, onde a denunciante afirmou que o político chegou a fazer declarações extremas, incluindo ameaças a crianças.

Avalanche foi eleito presidente do PRTB em fevereiro deste ano, e desde então tem enfrentado uma série de tentativas de oposição para remover sua liderança. Apesar das denúncias e da documentação apresentada tanto à PF quanto ao TSE, até o momento não houve uma decisão que suspendesse sua presidência no partido.

Com o inquérito em andamento, o caso continua a ganhar atenção e levantar questões sobre a violência política no Brasil. Um tema que tem gerado preocupações crescentes em um cenário democrático cada vez mais conturbado. O espaço permanece aberto para que ambos os envolvidos se manifestem sobre as acusações, mas até a publicação deste texto, tanto Avalanche quanto Rachel não haviam respondido aos contatos da imprensa.

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