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Vice-presidente do PT critica apoio a Boulos: “Crônica de morte anunciada”

Washington Quaquá declara que a decisão do partido de apoiar a candidatura do deputado federal à Prefeitura de SP foi um erro estratégico.

Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados
Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados
  • Washington Quaquá, vice-presidente do PT, afirmou que o partido errou ao apoiar a candidatura de Guilherme Boulos à Prefeitura de São Paulo
  • Quaquá descreveu a derrota de Boulos como uma “crônica de uma morte anunciada”, enfatizando a inadequação da candidatura
  • O vice-presidente sugeriu que o PT deveria ter escolhido candidatos mais viáveis, como Márcio França ou Tabata Amaral, para ampliar a base de apoio
  • Ele destacou que Boulos tinha um “teto de limite de eleitor de esquerda” e enfrentou dificuldades em dialogar com eleitores centristas e de direita
  • Apesar das críticas, Quaquá foi reeleito em Maricá e observou que o PT conquistou apenas duas prefeituras adicionais no Rio, além de Maricá: Japeri e Pacarambi

O vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, expressou sua crítica ao apoio do partido à candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo, considerando essa decisão um erro estratégico. Em um desabafo nas redes sociais, Quaquá, que foi recentemente reeleito prefeito de Maricá (RJ), afirmou que a derrota de Boulos no último domingo, 27, era uma “crônica de uma morte anunciada”. Ele enfatizou a necessidade urgente de o PT mudar sua abordagem e deixar de “gostar de perder“.

“O PT precisa parar de errar! Boulos era a crônica de uma morte anunciada! A candidatura errada na cidade errada! Havia Márcio França (ministro do Microempreendedorismo), Tabata Amaral (deputada federal derrotada no primeiro turno em São Paulo) e até a Ana Estela Haddad (esposa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad) que nunca disputou eleição, mas poderia dialogar com uma ala mais conservadora nas periferias e classe média”, destacou Quaquá no Instagram.

Quaquá destacou que a escolha de Boulos para a candidatura foi inadequada para o contexto eleitoral. “A candidatura errada na cidade errada!”, declarou. Sugerindo, ainda, que havia opções mais viáveis, como Márcio França, Tabata Amaral e Ana Estela Haddad que poderiam ter atraído eleitores de uma base mais ampla. Além de ter incluindo os centristas e aqueles com inclinações conservadoras nas periferias e na classe média.

“Teto do eleitor de esquerda”

Segundo ele, a candidatura de Boulos estava limitada a um “teto de eleitor de esquerda”. E, assim, o deputado teve dificuldades em estabelecer um diálogo com eleitores de centro e direita.

“Parece que voltamos a reaprender a gostar de perder”, lamentou Quaquá.

Assim, vendo Boulos obter 2.323.901 votos (40,65% dos votos válidos), enquanto o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), venceu com 3.393.110 votos (59,35%).

Além de criticar a estratégia do PT em São Paulo, Quaquá ressaltou que em Fortaleza, onde Evandro Leitão venceu o deputado federal André Fernandes (PL) por uma margem estreita de menos de 11 mil votos, o PT obteve um resultado positivo ao adotar uma campanha mais inclusiva, “para além da esquerda”. Em Maricá, onde foi reeleito com 91.789 votos (73,74% dos votos válidos), Quaquá retorna ao poder, após ter governado a cidade de 2009 a 2016. No total, o PT conquistou apenas duas prefeituras no Estado do Rio, além de Maricá: Japeri e Pacarambi.

Washington Quaquá

Washington Quaquá é um político brasileiro, membro do Partido dos Trabalhadores (PT). Ele é conhecido por ter sido prefeito de Maricá, uma cidade do estado do Rio de Janeiro, onde governou de 2009 a 2016.E, foi reeleito em 2024. Durante sua carreira política, Quaquá se destacou por suas propostas voltadas para a inclusão social e o desenvolvimento econômico local.

Além de sua atuação como prefeito, ele também ocupa o cargo de vice-presidente nacional do PT. Assim, onde tem uma influência significativa nas decisões e estratégias do partido, especialmente em contextos eleitorais. Quaquá é uma figura que frequentemente expressa suas opiniões sobre as diretrizes do PT e as direções políticas do Brasil.

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