- Apesar da pauta trancada no Senado, a análise da indicação de Gabriel Galípolo para o Banco Central está confirmada para 8 de outubro
- O Senado esclareceu que o trancamento da pauta não impede a votação de nomeações, como a de Galípolo, para cargos executivos
- Embora o regime de urgência para a reforma tributária tenha trancado a pauta, isso não impede a sabatina e votação de Galípolo para o BC
A pauta trancada no Senado, decorrente do regime de urgência para a regulamentação da reforma tributária, não impedirá a análise da indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC). Esta, prevista para o dia 8 de outubro.
Embora a pauta esteja bloqueada desde 23 de setembro, o Senado esclareceu que esse trancamento não afeta a análise de nomeações, como a de Galípolo. Uma vez que se trata de uma competência exclusiva da Casa, conforme uma decisão da Presidência do Senado de maio de 2010.
“As hipóteses de exercício da competência exclusiva do Congresso Nacional ou de competência privativa do Senado Federal, dos quais não resultem normas gerais e abstratas, estão livres do sobrestamento da pauta, conforme já decidido pelo Presidente da Casa anteriormente”, diz a decisão.
O governo sinalizou que retiraria a urgência para a tramitação da reforma tributária, mas essa ação ainda não foi concretizada. É importante lembrar que os projetos enviados pelo Executivo com urgência constitucional devem ser analisados dentro do prazo de 45 dias. Assim, o que mantém o cenário da pauta trancada.
Sabatina e Votação
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado agendou a sabatina de Gabriel Galípolo para terça-feira (8). Durante a sessão, os senadores questionarão o economista sobre sua possível atuação como presidente do Banco Central. Para que a indicação seja aprovada, a maioria dos membros da comissão precisa votar a favor.
Após essa etapa, a indicação seguirá para análise do plenário do Senado, onde a votação será mais ampla. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, já confirmou que essa votação no plenário ocorrerá também na terça-feira, após a sabatina. Para que Galípolo seja aprovado, pelo menos 41 dos 81 senadores precisam apoiar sua indicação.
Atualmente, Galípolo ocupa o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central e, desde a oficialização de sua indicação em 28 de agosto, tem se reunido com senadores para garantir o apoio necessário. A indicação chegou formalmente ao Senado em 7 de agosto, com o governo federal tentando acelerar sua análise antes das eleições municipais de outubro. Contudo, lideranças do Senado, incluindo Rodrigo Pacheco, pediram a retirada da urgência para evitar uma tramitação apressada. A Câmara dos Deputados aprovou a proposta em 10 de julho.
Gabriel Galípolo
Gabriel Galípolo é um economista brasileiro e atualmente ocupa o cargo de diretor de Política Monetária no Banco Central do Brasil. Ele se destaca pela atuação técnica e pelo histórico de contribuições importantes para a política econômica do país.
Galípolo se notabilizou por sua expertise em assuntos relacionados à política monetária e o governo o indicou para a presidência do Banco Central. Sua trajetória inclui uma carreira sólida no setor público e também em entidades financeiras e acadêmicas.
Ele assumiu a diretoria de Política Monetária do Banco Central em 2021 e se tornou uma figura importante na condução das políticas monetárias brasileiras, especialmente em meio ao ambiente de inflação e juros elevados.
A sua nomeação para a presidência do Banco Central está sendo acompanhada de perto, e sua sabatina no Senado, prevista para outubro de 2024, será crucial para confirmar sua ascensão ao cargo.