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Washington Post critica discurso de Lula na ONU, mencionando incêndios na Amazônia

Na Assembleia Geral da ONU, a fala de Lula foi negligenciada pela mídia internacional, evidenciando a falta de foco em questões ambientais.

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  • O discurso do presidente Lula na abertura da 79ª Assembleia Geral da ONU, gerou pouca repercussão entre os veículos de mídia internacionais
  • Na terça-feira (24), Lula falou por 19 minutos, abordando temas como a solidariedade com a Palestina
  • Além de criticar os ataques israelenses contra alvos do Hezbollah no Líbano, e defender a importância do diálogo entre Rússia e Ucrânia
  • Além disso, o presidente fez uma declaração contundente contra corporações e plataformas digitais que se consideram “acima da lei”

O discurso do presidente Lula na abertura da 79ª Assembleia Geral da ONU, realizada em Nova York, gerou pouca repercussão entre os veículos de mídia internacionais, especialmente aqueles de países desenvolvidos. Na terça-feira (24), Lula falou por 19 minutos, abordando temas como a solidariedade com a Palestina.

Além de criticar os ataques israelenses contra alvos do Hezbollah no Líbano, e defender a importância do diálogo entre Rússia e Ucrânia. Além disso, o presidente fez uma declaração contundente contra corporações e plataformas digitais que se consideram “acima da lei”, sem mencionar diretamente o bilionário Elon Musk. Curiosamente, a comitiva israelense não demonstrou apoio ao final do discurso, não aplaudindo.

Apesar da relevância dos tópicos tratados, a cobertura da fala de Lula foi praticamente inexistente nas edições impressas de alguns dos mais influentes jornais internacionais na quarta-feira (25). O New York Times, Washington Post, Financial Times e Wall Street Journal não incluíram menções ao presidente brasileiro em suas publicações.

Em contraste, o Washington Post destacou o discurso do presidente dos EUA, Joe Biden, sem referência a Lula ou ao Brasil. Em seu site, o jornal reproduziu uma matéria da agência Associated Press que intitulava: “Lula fala sobre clima na ONU, mas incêndios na Amazônia minam sua mensagem”. Por sua vez, sugerindo que as questões ambientais na Amazônia ofuscaram sua fala.

Aumento das tensões internacionais

O Wall Street Journal também focou na intervenção de Biden, que comentou sobre o aumento das tensões internacionais e as guerras não resolvidas. Mas, manteve uma perspectiva otimista sobre a possibilidade de melhorias. O Financial Times, por sua vez, fez um breve relato do discurso de Biden, ressaltando seu apelo à preservação da democracia por parte dos líderes mundiais. Enquanto isso, a The Economist mencionou Biden em seu site ao tratar da situação na Ucrânia, mas sem destacar a presença de Lula.

A falta de cobertura do discurso de Lula ressalta os desafios que o Brasil enfrenta para obter visibilidade em questões globais, especialmente quando se trata de políticas ambientais e de direitos humanos. A maneira como a mídia global relata eventos significativos, como a Assembleia Geral da ONU, pode afetar a percepção internacional das ações brasileiras. Onde líderes mundiais se reúnem para discutir questões urgentes que impactam o futuro do planeta.

Com Lula, Amazônia e Pantanal tem piores queimadas dos últimos 20 anos

Segundo dados, divulgados no domingo (22), as emissões de carbono nessas duas regiões estão “consistentemente acima da média”.

Em informações divulgadas na segunda-feira (23), os incêndios no Pantanal e na Amazônia atingiram seus piores níveis em quase 20 anos, impactando a qualidade do ar em grande parte da América do Sul.

De acordo com o Serviço de Monitoramento da Atmosfera do Copernicus (CAMS), as emissões de incêndios na região têm se mantido acima da média histórica.

As emissões acumuladas até 19 de setembro de 2024 somaram 183 megatoneladas de carbono, acompanhando a tendência do ano recorde de 2007, quando 65 megatoneladas foram emitidas apenas no mês de setembro.

Nesses dois lugares, a estimativa acumulada total de emissões de carbono é a maior nos 22 anos de registros.

Segundo os dados disponíveis, o Amazonas teve uma emissão de 28 megatoneladas de carbono. Já no Mato Grosso do Sul, que abriga a maior parte do Pantanal, houve a liberação de 15 megatoneladas de carbono.

governo federal anunciou recentemente a criação de um crédito extraordinário de R$ 514,5 milhões para lidar com os incêndios florestais e fortalecer os órgãos de fiscalização e controle.